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Seu filho é muito mais baixo do que os amigos?

A baixa estatura em relação à idade merece investigação. Saiba o que fazer para ajudar a criança.

Por Suzana Lakatos (colaboradora)
Atualizado em 22 out 2016, 16h17 - Publicado em 7 jul 2014, 22h00
Suzana Lakatos / Rita Trevisan
Suzana Lakatos / Rita Trevisan (/)
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Meu filho de 12 anos é muito mais baixo do que os amigos. Devo levá-lo ao médico para tomar hormônio de crescimento? (Pergunta enviada por leitora)

Primeiro, é preciso verificar se a altura do seu filho está mesmo abaixo da curva considerada normal em relação ao seu padrão familiar. Embora os jovens estejam cada vez mais altos, ser o menor da turma não indica necessariamente um problema de saúde nem um distúrbio de crescimento que exija reposição hormonal.

Para fazer o diagnóstico, o melhor especialista é um endocrinologista pediátrico. Ele vai avaliar clinicamente a estatura do seu garoto, o desenvolvimento físico dele e o histórico familiar, além de pedir alguns exames complementares, como dosagem hormonal e raio X de punho, para determinar a idade óssea. Isso porque existe uma cartilagem entre os ossos que vai crescendo e se calcificando desde a infância até a idade adulta. No fim da puberdade, os hormônios sexuais (testosterona e estrógeno) fazem com que essas extremidades ósseas (epífises) se fechem e o crescimento seja interrompido. Assim, quanto maior a área não calcificada entre os ossos, mais a criança poderá crescer ainda. Outros exames por imagem também ajudam no diagnóstico. Os mais usados são a tomografia computadorizada e a ressonância magnética do encéfalo. A expectativa é que, durante os quatro ou cinco anos da puberdade, um garoto ganhe entre 27 e 30 centímetros. Então, se ele tiver 1,40 metro aos 12 anos, poderá chegar a 1,70 sem qualquer medicamento, dependendo do padrão familiar.

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Se os exames mostrarem que seu filho é mais baixo do que os amigos por herança genética ou por ter um ritmo de desenvolvimento lento, o hormôniode crescimento (GH) não é recomendado. O melhor é ter paciência e investir em bons hábitos. Uma alimentação equilibrada e rica em proteínas e cálcio – presentes em carnes, leguminosas e laticínios, por exemplo – favorece a formação dos ossos e mantém o funcionamento normal do organismo. Também a prática de esportes e pelo menos oito horas de sono por noite estimulam o melhor aproveitamento de todo o potencial de crescimento.

Agora, caso seja detectada baixa produção do hormônio GH, é essencial iniciar a reposição o quanto antes. Isso porque, à medida que a puberdade avança, aumenta a dificuldade de recuperar o que foi perdido nas fases anteriores. E, se o medicamento for introduzido tardiamente, as epífises ósseas já estarão fechadas.

Para quem realmente tem necessidade de repor, o hormônio GH, que é injetável, pode ser recebido gratuitamente em todo o Brasil. Para isso, basta se cadastrar em uma unidade da Secretaria de Saúde e apresentar a documentação necessária, que consiste em receita controlada, laudo médico e exames que comprovem existir uma deficiência na produção desse hormônio.

Fonte: Vera Maria Alves Dias,endocrinologista pediátrica e professora da Faculdadede Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais
 

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