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Saiba como planejar as finanças para que seus filhos estudem em escola particular

Com organização financeira, é possível mudar as crianças do colégio público para o particular sem deixar a família endividada

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 15 jan 2020, 17h45 - Publicado em 20 ago 2013, 21h00
Fernanda Tsuji (/)
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Planejamento é a palavra-chave para mudar os filhos para uma escola particular. Coloque tudo na ponta do lápis!
Foto: Thinkstock

Depois de muita luta, finalmente as contas estão fechando. Você e seu marido começam a pensar em tirar as crianças da escola pública e colocá-las numa particular. Que conquista! Mas é preciso fazer essa mudança com planejamento. Por maior que seja o sonho de oferecer uma educação de qualidade aos filhos, se a família entrar no vermelho, será ruim para todo mundo. “O correto é fazer uma mudança grande como essa estando com as contas em dia”, afirma a educadora financeira e assessora pedagógica Bianca Fiori. Outro ponto importante é escolher um bom colégio e ficar atenta para não estourar o orçamento com os gastos extras da escola. Preparamos um guia para você dar esse grande passo com tranquilidade.

Passo 1: pesquise

Planeje-se com pelo menos quatro meses de antecedência. Comece pesquisando as escolas do seu bairro para ter noção do valor que conseguirá pagar. “O preço médio das mensalidades no ensino infantil é de R$ 400 e no fundamental e médio, de R$ 600 a R$ 800”, diz Benjamim Ribeiro da Silva, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo.
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Passo 2: organize-se

Prepare o orçamento para mais essa despesa. Segundo o consultor financeiro Guilherme Prado, é nesse momento que você deve mapear as contas e enxergar onde será possível poupar. “Se todos os dias você economizar R$ 15, em um mês terá guardado R$ 465”, indica Guilherme. Tente o seguinte:
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– Divida as contas em “fixas” (aluguel, luz, água, supermercado) e “variáveis” (lazer, roupas e outros gastos que surgirem). E anote tudo que gastar.
– Analise quais são os maiores gastos e quais aqueles que podem ser cortados.
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– Veja se dá para trocar alguns itens por alternativas gratuitas. Por exemplo: pegar medicamentos em farmácias populares, passear de fim de semana em locais públicos, fazer cursos de idioma pela internet…
– Dê um limite para cada uma das despesas e veja se o que sobra dá para os gastos com a escola. Cada família deve analisar suas prioridades.
– Planeje-se para pagar as dívidas antigas antes de o ano letivo começar e evite assumir novos financiamentos.
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Passo 3: poupe

Com as contas mapeadas, a educadora financeira Bianca orienta a família a começar a economizar todo mês uma quantia similar à da mensalidade. Dessa forma, vai dar para sentir o quanto o novo gasto vai pesar, de verdade, no orçamento doméstico. Assim, quando o ano letivo começar, vocês também já estarão com uma reserva que poderá ser usada nos extras ou em imprevistos.
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Como gastar menos com os extras?

Existem despesas extras numa escola particular que pesam no bolso. Material, uniforme, excursões, aulas de esporte… Cheque o que está incluído e economize no que der: escolha um colégio perto para não pagar perua, reaproveite livros didáticos e mande o lanche de casa. Pergunte o quanto a mensalidade aumenta entre uma série e outra. Muitas vezes, há um reajuste grande entre o ensino fundamental e o médio, por exemplo. Negocie descontos, tente bolsas ou até financiamentos escolares.
 

Atenção: escola paga não é perfeita!

 
Em dez anos, 1 milhão de alunos migraram para o ensino particular no Brasil. Mas é um mito dizer que escola paga é sinônimo de ensino perfeito. “Muitos pais ficam tão satisfeitos com a mudança, que nem sabem o que a criança está aprendendo na nova escola. É preciso se envolver na vida estudantil do filho, não importa se a reputação do colégio é boa”, diz Bianca. Quando visitar os colégios antes da matrícula, escute mais do que fale. Deixe que expliquem a proposta pedagógica. “Tente entender qual é o adulto que aquela escola pretende formar e reflita se está de acordo com o que você quer para o seu filho”, explica a pedagoga e assessora educacional Célia Godoy. “Observe também se os professores se atualizam e se há um trabalho coletivo entre eles.” E vá sem os filhos na primeira vez. Gostou? Aí, sim, leve as crianças – e escute também a opinião delas!
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