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Saiba como lidar com a agressividade dos adolescentes

Atitudes violentas são cada vez mais frequentes entre os jovens. Confira nossas dicas para evitar que seu filho entre nessa

Por Raquel Maldonado (colaboradora)
Atualizado em 14 jan 2020, 19h33 - Publicado em 26 fev 2015, 14h50
Thinkstock/Getty Images (/)
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Cada dia que passa, notícias como “Adolescente é morta por colega na porta da escola” ou “Colegas filmam briga na saída do colégio” são cada vez mais frequente por aqui. Afinal, os jovens estão mais violentos? De acordo com especialistas ouvidos por AnaMaria, a formação das crianças está menos rigorosa e o respeito ao outro tem sido confundido com “se deixar fazer de bobo”. Além disso, a violência anda banalizada. Em vez de separar uma briga, todos querem gravar a cena com o celular e postar na internet. “A violência virou um espetáculo, dá audiência, gera likes, vende e tem chocado cada vez menos. Só damos importância quando nos atinge”, afirma Gonçalo Pires, pedagogo da Editora Saraiva. Mas o que podemos fazer para estimular a tolerância nos adolescentes?

Este é o nosso papel

É responsabilidade da família saber com quem os filhos andam, o que estão assistindo, jogando, acessando e mostrar-se sempre disponível. “A liberdade precisa ser conquistada e os combinados, cumpridos. Os pais devem agir como pais e não como amiguinhos do filho. O jovem necessita de modelos de vida adulta. É preciso estar presente, lembrando que mais vale qualidade do que quantidade quando o assunto é o tempo dedicado aos filhos”, indica o pedagogo.

Seja o exemplo

Esse é o melhor ensinamento que os pais podem dar. Não adianta recriminar um ataque de raiva do jovem quando no dia a dia você se descontrola, esmurra a parede e diz que quer matar o vizinho por causa do barulho fora de hora. “É preciso praticar a tolerância em casa, o respeito ao direito do outro de ser, pensar e agir diferente de nós”, aconselha Pires.

Somos exemplo para os nossos filhos. Por isso, mais do que falar e aconselhar, precisamos ser tolerantes e respeitar o próximo

A escola também deve agir

Ela pode promover debates, manter programas de acompanhamento e criar uma equipe multidisciplinar que discuta o tema com os alunos. Mas o mais importante é observar e coibir atos de violência, seja ela qual for. “Não devemos esperar que a escola seja formadora de caráter dos nossos filhos, mas é nossa obrigação cobrar que ela mantenha os valores ensinados em casa”, diz a psicóloga Marisa de Abreu, de São Paulo.

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A busca pela autoafirmação

Segundo Pires, na adolescência passamos por um turbilhão de emoções, mudanças hormonais e contradições – uma verdadeira montanha-russa. “O que ocorre é que nessa fase o jovem quer experimentar, ir em busca de seus limites, de sua autoafirmação e acaba ficando mais exposto a situações de risco, como álcool, drogas, sexo, velocidade, criminalidade”, explica. Por isso, é extremamente importante que os pais fiquem ainda mais de olho no comportamento deles nesse período.

Violência virtual

Ofensas publicadas na internet são visualizadas por uma multidão. Isso também é violência e, ainda que não seja física, pode ter consequências psicológicas muito graves para quem a sofre. Em algumas situações, inclusive, o caso deve ser levado à polícia.

E se meu filho apanhar de alguém da mesma idade?

Em caso de agressão grave, avise a polícia. “Os pais devem ir a qualquer delegacia e registrar um boletim de ocorrência. Os menores envolvidos serão intimados, e os responsáveis também podem ser ouvidos. O processo é encaminhado ao Juizado Especial, que decide qual medida socioeducativa será aplicada ao menor agressor”, afirma Marcelo Garcia de Lima, delegado da Delegacia da Infância e Juventude de Ribeirão Preto (SP).

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