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Regras sociais ainda definem a autoestima das mulheres?

Quando se trata da atmosfera do flerte, ouso dizer que sim

Por Ludmila Vilar (colunista)
Atualizado em 21 jan 2020, 20h33 - Publicado em 16 jul 2015, 13h16

Autoestima é um troço fundamental, que define quem somos, como nos enxergamos, como vamos agir no trabalho, na família, com os filhos, com o marido, com o namorado, com os amigos, com o chefe, com os subordinados etc. É também um troço complexo e não existe receita pronta (por mais que a tentem vender) para consegui-lo. Essa charge circula na internet faz tempo e sempre que a vejo me vêm à cabeça situações que já rolaram comigo e com amigas e que só reforçam o quanto esse quadrinho é certeiro.

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Vários fatores podem, claro, definir a qualidade da autoestima. Ainda assim, você vai se lembrar de pessoas que tinham tudo para ter uma boa ideia sobre si e não tinham. Do mesmo jeito, certamente vão vir à sua cabeça aquelas que têm tudo para serem inseguras e são um poço de autoconfiança. Brilham, são cativantes, conseguem a maioria das coisas que querem.

Fosse o ser humano um bicho simples, estudiosos do comportamento humano, como Freud e Jung, jamais teriam existido. Não somos simples e isso é bom, o mundo seria pobre e sem graça sem a genialidade dos grandes pensadores e sem as histórias incríveis das pessoas comuns.

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Por isso, é um risco generalizar sobre a boa autoestima masculina em detrimento da feminina, como faz categoricamente (e genialmente) essa charge. Por outro lado, também não dá para ignorar que a História sempre esteve a favor dos homens – e isso tem sim impacto sobre o que eles pensam deles e o que nós pensamos sobre nós.

Lembro-me da primeira vez que me dei conta do quão poderosa é a autoestima masculina. Estava sentada numa mesa com vários amigos e um homem pelo menos 20 anos mais velho interrompeu a conversa do grupo e convidou uma das meninas do para fumar um cigarro “lá fora”. Ela agradeceu e disse que não fumava. Ele insistiu. Ela agradeceu novamente. Ele insistiu, dessa vez dizendo que a moça não precisava fumar, podiam só tomar um drinque e conversar. Na hora pensei que nunca tinha visto uma mulher bem mais velha abordar um rapaz bem mais novo daquele jeito. O que pensariam dela?

Só para terminar, me lembrei de outra amiga que impressionou um rapaz com a sua simpatia. Ele rapidamente concluiu – e comentou com uma amiga dela – que por minha amiga ser tão legal seria melhor que nada rolasse, pois ele não ia querer levar a coisa pra frente. A questão é: ela nunca quis nada com ele, sequer um beijo que fosse. Nem nunca fez nada para que ele pensasse o contrário, a não ser ter sido muito simpática.

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Por alguma razão, o rapaz facilmente concluiu não só que ela queria algo aquela noite, como também que iria querer de novo. E já que, de acordo com essa lógica a situação estava obviamente a favor e sob o controle dele, o rapaz decidiu que não ia expor a moça a isso (!).
De onde ele tinha tirado todas aquelas conclusões?

Não se trata de generalizar. Há muitas mulheres bem resolvidas e muitos homens não. E vice-versa. Mas quando o assunto são códigos de relacionamento vejo muito mais exemplos de mulheres tentado se adequar às regras, seja para não parecerem disponíveis, seja para não parecerem “loucas”, “atiradas” ou “carentes”. Não vejo isso entre as preocupações dos homens no mundo que me rodeia.

Um ótimo amigo costuma me dizer que a atmosfera do flerte não é, de jeito nenhum, mais fácil para os homens. Conheço muitos outros que não se intimidam em dizer que “sobra mulher”. Meu mundo, no entanto, é apenas um dos muitos mundos que há dentro desse mundão. Nesse quesito, o meu e o seu funcionam de maneira parecida? 

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