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Quanto tempo seu filho brinca ao ar livre?

Pesquisa revela que presos de segurança máxima ficam mais tempo ao sol do que muitas crianças se divertem à vontade em espaços abertos – apesar de os pais saberem que esses momentos de descoberta são essenciais para o desenvolvimento infantil

Por Estúdio ABC
Atualizado em 21 jan 2020, 11h20 - Publicado em 19 abr 2016, 16h05

Serve como alerta: 84% das crianças brasileiras brincam ao ar livre somente até duas horas por dia – e, para cerca de metade delas (40%), esse tempo é de até uma hora ou menos ainda. Os dados são de uma recente pesquisa encomendada pela marca OMO, feita com 12 000 pais de dez países, entre eles Brasil, Reino Unido, Estados Unidos e China.

As estatísticas globais são tão assustadoras quanto as registradas por aqui. Ou até mais: 81% dos pequenos no mundo passam até duas horas diárias se divertindo em espaços externos, mas, para 56%, o tempo é de somente uma hora, no máximo. Os números causam espanto porque até um presidiário de segurança máxima americano tem garantido seu mínimo de duas horas diárias de sol e vai rebelar-se se esse direito for cortado.  

Esses dados são sinais claros de que as crianças de hoje estão brincando cada vez menos, o que pode ser prejudicial. Sir Ken Robinson, especialista inglês em educação, criatividade e desenvolvimento humano, um dos consultores desse levantamento, avisa: “Pesquisas acadêmicas mostram que brincar ativamente é a forma primária e natural pela qual as crianças aprendem. É algo essencial para o crescimento saudável. Porém, muitas vezes, o brincar é negligenciado, como se fosse uma atividade sem importância, sem qualquer finalidade”. 

Sinal verde para a imaginação

Nem precisa ser, necessariamente, ao ar livre. Vale brincar na sala de casa, no pátio coberto da escola, no playground do prédio. O que se está dizendo é que a criança deve ter momentos sem regras, sem atividades programadas. Ou seja, é importante que, todos os dias, ela encontre muitas chances de se entregar à própria imaginação, de ser livre para inventar seu mundo e para descobrir o que está ao redor.

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A maioria das mães e dos pais sabe disso, segundo mostra o levantamento. Para 98% deles, tanto no Brasil como no mundo, a brincadeira ajuda os filhos a alcançarem seu potencial pleno. Mais: por aqui, 98% dos pais concordam que ela permite que as crianças se tornem adultos melhores. Entre diferentes categorias apresentadas, a “brincadeira criativa” é apontada como a mais importante para o desenvolvimento infantil. Tanto que 42% dos pais no mundo e 35% dos brasileiros gostariam que seus filhos tivessem mais acesso a isso. 

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Em nosso país, a maior parcela dos pais (63%) acha que as crianças de hoje têm menos oportunidades para brincar do que eles mesmos tinham na infância. O próprio estudo aponta que há múltiplas razões para explicar o fenômeno, do medo da violência nas ruas ao uso excessivo da tecnologia, e todos os motivos merecem discussões aprofundadas. No Brasil, por exemplo, metade dos entrevistados afirma não contar com ambientes adequados para que seus filhos possam brincar.

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É a mesma quantidade que diz não ter tempo para se divertir ao ar livre com os pequenos – que, com frequência, também possuem agenda superlotada. Não é só: nove em cada dez pais garantem que a criançada de hoje prefere “esportes virtuais” aos da “vida real”.

Mas não é o caso de os pais ficarem buscando vilões ou sentindo-se culpados. Boa ideia é aproveitarem o alerta e refletirem sobre como fazer pequenos ajustes para reequilibrar a rotina da família e criar mais oportunidades de suas crianças exercitarem a imaginação.

Justamente por acreditar que isso é perfeitamente possível e saber que experimentar é parte importante do desenvolvimento infantil, Omo agora convida os pais a se engajarem no movimento #livreparadescobrir. Saiba mais aqui. O debate está lançado e muitas soluções criativas para virar o jogo devem aparecer. Participe!

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