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Conheça 6 princesas negras – de realezas da África e da Europa

Há muitas famílias reais lindíssimas além das fronteiras do Reino Unido

Por Raquel Drehmer
Atualizado em 16 jan 2020, 15h43 - Publicado em 10 abr 2018, 23h45

Faltando pouco mais de um mês para o casamento com o príncipe Harry, Meghan Markle já foi destacada algumas vezes como “princesa negra” – embora não vá receber o título de princesa, mas de duquesa, e tenha declarado publicamente que se considera birracial, uma vez que é filha de mãe negra e pai branco –, como se fosse inédito uma mulher não-branca fazer parte da realeza. Não é. Não é nem muito raro, desde que se abra o campo de visão e se olhe para fora da Europa.

Trazemos, a seguir, seis princesas negras e suas histórias. Cinco são de reinos africanos e uma, de um principado europeu. Todas fascinantes.

Akosua Busia, princesa da Família Real de Wenchi (Gana)

(Steve Jennings/Getty Images)

Pode ser que você reconheça Akosua por tê-la visto como Nettie em “A Cor Púrpura” (1985) ou como Patience em “Lágrimas do Sol” (2003). É que, apesar de ter sangue azul, a ganesa optou por estudar dramaturgia na Central School of Speech and Drama, em Londres, e seguir a carreira de atriz. Sua primeira aparição em um palco foi na Universidade de Oxford, no papel de Julieta em uma montagem de “Romeu e Julieta” – ela era a única negra no elenco, e abocanhou o papel principal de cara.

O título de realeza de Akosua vem de seu pai, Kofi Abrefa Busia, príncipe da Família Real de Wenchi (no território ganês de Ashanti). A busca por mais do que uma coroa, inclusive, parece estar no DNA: mesmo sendo príncipe de uma das regiões mais importantes do país, Kofi seguiu carreira política e foi primeiro-ministro de Gana de 1969 a 1972). E sua irmã, Abena Busia, seguiu carreira diplomática e é a embaixadora de Gana no Brasil.

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Akosua tem 51 anos e mora em Londres. Ela continua no showbusiness como escritora, diretora e eventualmente atriz, quando é convidada.

Sikhanyiso Dlamini, princesa da Suazilândia

(Instagram @hrhprincesssikhanyiso/Reprodução)

O posto de primogênita do rei Mswati III, que tem nada menos que 30 filhos e 10 esposas (a mãe dela, Inkhosikati LaMbikiza, foi a primeira com quem ele se casou), poderia tornar Sikhanyiso uma mulher mansa e obediente.

Mas nada disso! Ela foi uma jovem rebelde e chegou até a levar uma surra de vara – com autorização oficial – por causa de suas posições públicas contra os costumes da Suazilândia. Sua fala mais polêmica foi, sem dúvida: “A poligamia dá todas as vantagens de uma relação para os homens, e isso, para mim, é injusto e mau”.

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Por ter estudado no Reino Unido, nos EUA e na Austrália, Sikhanyiso tem a cabeça muito mais aberta do que sua família. Um exemplo que pode parecer até bobo para nós, no Brasil, é o fato de ela usar calças, o que é proibido para mulheres em seu país.

Formada em Comunicação Digital e de volta à Suazilândia, a princesa hoje tem 30 anos e é membro do conselho de uma multinacional de telecomunicação móvel e atua na captação de investimentos para o Reino da Suazilândia.

Elizabeth Bagaaya, princesa do Reino de Toro (Uganda)

(Reprodução/Reprodução)

Ela é filha de Rukidi III, o rei de Toro entre 1928 e 1965. Por causa de regras antigas que determinavam que homens tinham vantagem na sucessão ao trono, Elizabeth nunca teve chance de ser rainha de Toro, por isso carrega o título de princesa até hoje, aos 81 anos de idade.

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Sabendo que nunca colocaria a coroa de rainha na cabeça, Elizabeth decidiu cuidar da vida. Estudou direito na Universidade de Cambridge (Reino Unido) e foi a primeira mulher africana a receber o título oficial de advogada na Inglaterra. Ela também foi modelo nos EUA, uma das primeiras negras agenciadas pela Ford Models.

Depois que ficou viúva, em 1986, entrou com tudo na carreira diplomática. Foi embaixadora de Uganda na Alemanha e no Vaticano e atualmente faz parte do corpo diplomático ugandense na Nigéria.

Sarah Culberson, princesa da Serra Leoa

(Sierra Leone Rising/Reprodução)

A história de Sarah é quase um conto de fadas moderno. Adotada por um casal dos EUA ainda bebê, ela vivia tranquilamente em West Virginia até 2004, quando foi contatada por sua família biológica: a família real da tribo Mende, um dos reinos da Serra Leoa.

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O “quase” do parágrafo acima se deve ao fato de o país ter sido devastado pela guerra civil e Sarah ter ficado desolada ao conhecer sua terra natal. Por isso, ela voltou aos EUA e criou em 2005 a Fundação Kposowa, na Califórnia, com o objetivo de angariar fundos para os serra-leoninos. Entre as ações da fundação estão a reconstrução de escolas destruídas pela guerra e o envio de água potável para a população mais necessitada de Serra Leoa.

Sarah tem 42 anos e vive nos EUA. Sua história está relatada com mais detalhes na biografia “A Princess Found: An American Family, an African Chiefdom, and the Daughter Who Connected Them All”, lançado em 2009 e sem versão brasileira.

Keisha Omilana, princesa da Nigéria

(Mike Coppola/Getty Images)

Norte-americana da Califórnia, nos EUA, Keisha era uma modelo em ascensão quando o príncipe Kunle Omilana, de uma tribo da Nigéria, a conheceu e ficou louco por ela. Depois de ele muito insistir, ela topou conhecê-lo melhor e pronto. Se casaram e são pais de Diran.

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Apesar do sangue nobre, a família optou por fixar residência em Londres, onde é proprietária da rede de televisão cristã Wonderful-TV.

Angela, princesa de Liechtenstein

(Reprodução/Reprodução)

Primeira negra a casar com um membro de família real europeia, Angela Gisela Brown é panamenha e já era uma fashionista formada pela Parsons School of Design, de Nova York (EUA), quando conheceu o príncipe Maximiliano, do principado de Liechtenstein. Ele é 12 anos mais novo que ela.

O casamento foi em 2000 e diferentemente do que ocorre no Reino Unido, em que as esposas dos príncipes recebem títulos de duquesas, em Liechtenstein Angela foi imediatamente considerada princesa. Em 2001, quando Angela tinha 43 anos, nasceu Alfons, o único filho do casal.

Hoje eles moram em Hamburgo, na Alemanha.

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