#PrecisamosFalar: Pais que foram protestar pelo futuro de seus filhos
A equipe de CLAUDIA esteve ontem em uma das manifestações em repúdio à violência contra a mulher. Aqui, reunimos os depoimentos de alguns pais que fizeram questão de levar seus filhos
Segurando cartazes com mensagens fortes contra a violência sexual, cerca de 5 mil pessoas, segundo os organizadores, protestaram nesta quarta-feira (1º), na Avenida Paulista, em São Paulo. A manifestação foi convocada após a indignação pelo caso de estupro coletivo de uma adolescente no Rio de Janeiro na semana passada. A equipe de CLAUDIA também esteve lá e encontrou muitas mães (e alguns pais) com bebês e crianças lutando também pelo futuro de seus filhos.
Logo na linha de frente do ato, um cordão de bebês foi formado. Esse foi abre alas da passeata. “Ensine seu filho a respeitar”, dizia o cartaz da mãe que amamentou o filho durante protesto.
“Toda mulher já sofreu assédio. Juntos, temos a responsabilidade de mudar isso”, disse Juliana Vacaro, que levou a filha pequena e a amiga Helen Ramos para a manifestação.
Marcela Souto vestiu a camisa em Pâmela Araújo, grávida de 8 meses. Elas são do coletivo Chega de Assédio no Transporte: “Já sofri abuso no ônibus até mesmo barriguda”, contou Pâmela.
Natacha Orestes, 30, escritora e educadora. “Por que estou aqui? Porque já fui estuprada. Uma grande preocupação na educação do meu filho é que ele não se beneficie dessa cultura do estupro”.
O Bruno foi com a sua filha Leonora, de apenas nove meses: “Espero que daqui 15 anos tudo esteja diferente. É por ela que estou lutando”