Se você é uma criança dos anos 90, com certeza se lembra da alegria que era ver Pikachu e Ash Ketchum sendo os melhores amigos que já vimos. E, claro, viu um dos maiores símbolos da época surgir como o bichinho-amarelinho-que-dá-choque, mas todo mundo queria ter.
Imagine você se decidissem que hoje, em 2016, o nome dele deveria ser outro. Sim, é real: a novidade foi apresentada em Hong Kong, sendo a tradução do japonês para o mandarim, que mudaria a pronúncia deste tão adorado nome. Em vez de pi-ka-chu, os chineses chamariam de Pei Kai Yau (se você disser rapidinho e várias vezes, vira Pikayao).
Bom, não parece uma mudança tão grande assim e, principalmente, se você considerar que japonês e mandarim são duas línguas bem diferentes, faz todo sentido. A alteração da pronúncia seria uma forma de deixar o novo jogo Pokémon Sun&Moon mais próximo da população chinesa, não ignorando sua cultura e impondo a cultura japonesa.
O problema é que cada região tem seus dialetos e formas de falar (como bem sabemos nós, brasileiros). Quando a Nintendo decidiu apostar em um mandarim simplificado, ao invés do cantonês proposto, muitos protestantes – sim, eles tomaram as ruas pela mudança do nome do Pikachu -, afirmaram que era um absurdo não levar em consideração as diferenças de idioma entre os territórios da China.
A manifestação seria não só pelo nome do Pokémon, mas pelo uso cada vez menor do cantonês no país e nas escolas, sendo que esta é a língua mais falada na China. Por enquanto, a Nintendo segue a decisão de manter o mandarim e lançará Pokémon Sun&Moon para o 3DS em 18 de novembro.