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Pele linda? 10 mitos e verdades sobre beleza na gravidez

Especialistas contam o que ocorre no organismo para mexer com a aparência da mulher e que produtos são permitidos e proibidos nos nove meses da gestação.

Por Raquel Drehmer
Atualizado em 25 abr 2023, 13h38 - Publicado em 28 jul 2019, 23h58
Pregnant woman putting cream on her belly (Westend61/Getty Images)
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Experimentando todas as delícias e todos os lados não tão deliciosos assim de sua primeira gestação, Marília Mendonça dia desses desabafou em seus stories no Instagram: “Estou esperando a hora em que a grávida fica bonita. Vocês podem me contar a partir de qual semana é, qual mês? Eu estou parecendo uma menina de 12 anos de idade, de tanta espinha”.

Realmente há essa crença em que as gestantes fiquem mais bonitas, com a pele e os cabelos em suas melhores formas. Mas será que isso é verdade absoluta? Será que vale para todas as mulheres? Conversamos com um time de especialistas para desvendar os mistérios sobre a beleza durante a gravides.

A lista de mitos e verdades foi elaborada e respondida com o auxílio de Adriana Rochetto Assalin (dermatologista do Alta Excelência Diagnóstica), Andressa Amorim (ginecologista, obstetra e mastologista), Gabriela Bezerra dos Santos (ginecologista e obstetra, especialista em medicina fetal do Salomão Zoppi Diagnósticos) e Jurandir Passos (ginecologista e obstetra, especialista em Medicina Fetal do Delboni Auriemo).

A textura da pele fica melhor na gravidez

VERDADE. Os níveis de estrógeno e progesterona aumentam no decorrer da gestação, pois são hormônios essenciais para o desenvolvimento fetal. Como efeito colateral positivíssimo, eles influenciam na hidratação da pele, melhorando sua textura: a pele fica mais macia, com mais viço e um brilho natural.

A acne some durante a gravidez

MITO. Isso é totalmente imprevisível. Quando o assunto são as mulheres que já tenham acne antes de engravidar, pode ser que haja uma melhora na doença de pele e pode ser que a condição piore. E não tem como prever isso; os hormônios atuam de formas únicas em cada organismo.

Os cabelos ficam mais fortes e brilhantes (além de caírem menos) durante a gravidez

VERDADE. Para começar, o metabolismo da gestante é mais acelerado, o que faz com que todo o organismo funcione mais rápido. Consequentemente, os cabelos crescem em uma velocidade acima do normal. Além disso, a ação do estrógeno e da progesterona de que falamos na questão da pele também tem efeito capilar: a hidratação fornecida pelos hormônios deixa os fios mais brilhantes e com um aspecto muito mais saudável.

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Também são os hormônios que “seguram” os fios no couro cabeludo e fazem com que haja menos queda; durante a gestação, a maioria dos cabelos fica na fase anágena (de crescimento) e pouquíssimos na fase telógena (de queda). Isso se reequilibra cerca de três meses depois do parto – por isso é comum a queda de cabelos no pós-parto; ela é hormonal e não tem nada a ver com a amamentação, como muitas mulheres acreditam.

Óleos impedem a formação de estrias na barriga na gravidez

MITO. Não existe comprovação científica de que cremes, óleos ou quaisquer outros produtos hidratantes impeçam a formação de estrias em qualquer parte do corpo, seja de uma mulher gestante ou não. Mas eles podem ser uma esperança, sim.

O que ocorre é que, durante a gravidez, há um estiramento da pele – da barriga e também dos seios e dos quadris – mais rápido que a produção de fibras colágenas e elásticas pelo organismo, e isso causa um rompimento que leva à formação das estrias. A pele mais hidratada é mais elástica, então existe uma chance de que a aplicação de cremes, óleos e loções hidratantes compense a necessidade de colágeno e elastina e evite o tal rompimento.

Não é uma garantia, mas também não custa tentar. 😊

Todas as gestantes desenvolvem manchas na pele do rosto

MITO. Embora a porcentagem seja alta – as estatísticas apontam algo entre 50% e 75% –, não são todas as gestantes que desenvolverão melasmas (manchas acastanhadas) na pele do rosto e nas regiões de dobras do corpo.

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Ainda não se sabe se a causa do surgimento de melasma é genético ou causado pelo aumento da produção hormonal, mas é sabido que as manchas são associadas à exposição solar. Por isso, use filtro solar diariamente e dê uma forcinha para entrar na porcentagem das grávidas que não sofrem alteração na pigmentação da pele.

As manchas que aparecem no rosto de algumas gestantes somem depois do parto

MITO. O melasma pode persistir mesmo após o parto. Estima-se que em 90% dos casos as manchas sumam, mas em 10% permaneçam, e daí é necessário partir para um tratamento adequado no consultório dermatológico.

Alguns produtos de beleza devem ser evitados durante a gravidez

VERDADE. Ácidos retinoico, salicílico e glicólico, comuns em cremes e loções para a pele, podem causar malformações fetais. O mesmo vale para produtos que contenham amônia, benzeno, cânfora, ureia e chumbo, normalmente utilizados em produtos antiacne e anti-idade. E sempre é bom perguntar para a obstetra que estiver acompanhando a gestação se há mais alguma restrição específica, pois condições diversas de saúde podem ocasionar reações a outros ativos.

Grávida não pode tingir os cabelos ou usar tonalizante, nem fazer luzes ou qualquer outro tipo de coloração

MITO. A partir do início do segundo trimestre da gravidez podem ser utilizados tonalizantes sem amônia e henna, e tanto luzes quanto tintura podem ser feitas desde que seja mantida uma distância do couro cabeludo – deixando um ou dois dedos de raiz natural, portanto.

Gestantes não podem fazer depilação com cera quente

MITO. Podem, e inclusive é o método mais indicado. A lâmina traz um alto risco de infecção devido a possíveis cortes, o laser é contraindicado por aumentar o risco de surgimento de manchas. O único cuidado a ser tomado com a cera quente é quanto à sua temperatura: a pele da gestante é mais sensível e pode sofrer com o produto quente demais. Converse sobre isso com a depiladora antes de começar.

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Gestantes não devem usar esmaltes coloridos

MITO. As unhas não absorvem praticamente nada, então não há problema nenhum em passar esmaltes coloridos. No terceiro trimestre, é bom verificar com a obstetra como é o esquema de medição de saturação de oxigênio durante o parto na maternidade que tiver sido escolhida: se for por oxímetro de dedo, o esmalte escuro pode atrapalhar. Se for outro método, a cor das unhas não fará diferença nenhuma.

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