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O que fazer para que os filhos pré-adolescentes aprendam a lidar com o dinheiro?

Mochila da moda, lanches no shopping, joguinhos para computador... Como faço para meus filhos pré-adolescentes entenderem que não tenho condições de arcar com tantos gastos?

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 28 out 2016, 02h41 - Publicado em 14 jul 2014, 22h00
Cássia D'Aquino Filocre
Cássia D'Aquino Filocre (/)
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Foto: Getty Images

Meus filhos vivem pedindo para eu comprar alguma coisa nova. Como faço para que eles entendam que não tenho condições de arcar com tantos gastos? (Pergunta enviada por leitora)

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É pena que, na maioria das vezes, os pais só comecem a se preocupar com isso quando o poder aquisitivo deles diminui e cai a ficha de que não vai dar mais para fazer todas as vontades das crianças. Só aí eles ficam perplexos, quase ofendidos, com a indiferença dos filhos em relação às dificuldades financeiras da família. Afinal, como foi que se tornaram pessoas tão consumistas, egoístas, com tamanha desconsideração pelo valor do trabalho e pela dificuldade em ganhar cada centavo? Vale refletir. Certamente não aprenderam sozinhos.

O modo como lidamos com o dinheiro é resultado de uma aprendizagem complexa que acontece nos seis primeiros anos de idade. Nessa fase, tudo o que vemos, ouvimos e até deixamos de saber sobre o assunto é que molda nosso juízo sobre ele. Por mais chocante que possa parecer, a verdade é uma só: não há influência de amigos, nem pressão da sociedade de consumo, nem publicidade de espécie alguma que seja páreo para o exemplo que se tem em casa. Ninguém pode ser ingênuo a ponto de achar que os pequenos não vêem que chegamos com sacolas e sacolas ou abrimos a carteira com a maior facilidade. Eles estão de olho. Mas, quando o calo das finanças aperta, conversamos a respeito da pior forma possível: “Já passou da hora de vocês aprenderem a dar valor ao dinheiro!” ou “Eu me mato de trabalhar e vocês só se preocupam em torrar tudo”. Em geral, as acusações desse tipo são feitas em um ambiente em que, dadas as circunstâncias, amontoam-se angústia, tensão, inconformismo e, claro, dedos em riste.

Muitos. E as crianças arregalam os olhos, levando a bronca sem ao menos entender onde erraram. Porque, se dinheiro não nasce em árvore, eles devem ser orientados sobre isso o mais cedo possível. Não são, e, assim, se mostram convencidos do milagre da multiplicação dos cifrões.

Agora eles estão quase na adolescência e fica mais difícil reverter a situação. Mas dá para resolver com atitudes práticas. Funciona bem incentivá-los a construir uma poupança para projetos a curto prazo. É mais fácil adiar o desejo de consumir quando se consegue planejar bons destinos para o dinheiro. Então, se eles querem ir a um acampamento nas férias, precisam frequentar menos a praça de alimentação do shopping. É um acordo. Quando insistirem em quebrá-lo, você poderá lembrá-los do projeto em vez de começar a gritar. Isso gera responsabilidade e a criança colabora para transformar os desejos em realidade. Faz parte da educação financeira. Essas lições certamente serão úteis para a vida inteira.

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