Nossa palavra vale, sim!
Está na hora de todo mundo começar a levar a sério o que nós, mulheres, dizemos
Decididamente, cara leitora, ainda temos muito trabalho pela frente para sermos ouvidas como cidadãs de primeira classe. Anos de luta não bastaram. O rancho do preconceito ainda habita em mentes masculinas, e também em femininas, infelizmente. A mulher ainda não aprendeu a ser solidária com suas parceiras de jornada. Por que essa lamentação? Pura constatação com o dia a dia. Vou citar um exemplo: uma amiga minha divorciada mora em apartamento, tem duas filhas. A mais velha, de 18 anos, mora com o pai, e a adolescente, de 13 anos, mora com a mãe. Pois bem, ouve um incidente desagradável, um funcionário do condomínio foi desrespeitoso com a adolescente. Minha amiga indignada tomou providências falando com o zelador, acreditando que alguma medida seria tomada. A cara leitora também acredita?
O zelador foi ouvir o funcionário, que culpou a adolescente, virou o jogo, posou de ofendido, disse alguns desaforos para minha amiga, que a essa altura estava chocada. E ainda teve que ouvir do zelador que talvez a menina estivesse mentindo: “Sabe como são as adolescentes, principalmente quando não têm o pai junto para pôr freio”. Pois bem, a coisa toda se acertou quando o pai entrou no meio. Aí todos baixaram a bola. E o funcionário foi advertido. Parece que nossa palavra não vale muito… E não é assim?