Muito cuidado com o que você fala com seu filho
Destacar características negativas das crianças - como chamá-los de pestinhas ou burros - só atrapalha o desenvolvimento deles
“As palavras podem construir ou destruir. Magoar ou perdoar”, Mel Aitak, terapeuta holística e mestre em Reiki
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Muitos pais insistem em destacar as características negativas dos filhos na frente de seus irmãos, outros parentes e até dos amigos deles. Segundo a psicóloga Martha Daud, esse comportamento tem um impacto negativo na formação da criança. Portanto, o ideal é reverter essa ideia com um pensamento positivo. “Apesar de meu pai pensar isso, mostrarei quem sou, pois eu posso determinar quem sou e o que farei”, ensina ela.
Mel Aitak, terapeuta holística e mestre em Reiki, concorda com Daud e diz que, também energeticamente, essa atitude contribui para a insegurança dos filhos e para que se aproximem das más companhias. “As crianças crescem não se achando merecedoras de coisas boas e atraem para perto delas quem também se sente inferior”, explica.
Ela destaca a importância de dar bons exemplos, pois os filhos se espelham nos pais. Além disso, ensina uma série de frases para combater os traumas que são gerados por comentários inadequados. Mesmo adultos inseguros podem recorrer a esses pensamentos, que funcionam como uma espécie de reprogramação neurolinguística (que estuda a relação entre a mente e o comportamento). Já você pode usar esse exemplo para ver o que não falar com seus filhos! “As palavras podem construir ou destruir. Magoar ou perdoar. E o que é repetido torna-se a sua realidade”, finaliza Aitak.
Reprograme a mente e elimine traumas!
Veja as frases que a terapeuta propõe…
Se ouvir – “Você é burra”
Rebata, pensando: Ninguém tem o poder de determinar ou restringir minha inteligência.
Se ouvir – “Você é ruim”
Rebata, pensando: Sou uma pessoa bondosa e me esforço para espalhar o bem ao meu redor.
Se ouvir – “Você é feia”
Rebata, pensando: Tenho atributos físicos e uma personalidade que me tornam única.
Se ouvir – “Você é gorda”
Rebata, pensando: O fato de estar fora dos padrões de beleza não me afeta nem me prejudica. Gosto de mim do jeito que sou e me valorizo por isso.
Se ouvir – “Você é lerda”
Rebata, pensando: Faço as coisas no meu ritmo e sou feliz assim.
Se ouvir – “Você é medrosa”
Rebata, pensando: Sou cuidadosa. Arrisco quando me sinto segura para fazê-lo. Arriscar por arriscar é estupidez. Se errar, tenho capacidade para recomeçar…
Se ouvir – “Você não consegue”
Rebata, pensando: Estabeleço minhas metas e tenho potencial para alcançá-las.