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Minha filha de 7 anos foi convidada para viajar. Devo deixá-la ir?

Essa é uma decisão que deve ser baseada em vários indícios e da qual você precisa estar segura. Confira alguns

Por Maria Flor Calil
Atualizado em 28 out 2016, 15h19 - Publicado em 19 dez 2015, 08h00

Minha filha de 7 anos foi convidada para passar uma semana na praia com a família de uma amiguinha. Conheço a garota e sua mãe, embora não seja muito próxima. Será que já está na hora de viajar com amigos?

Essa é uma decisão que deve ser baseada em vários indícios e da qual você precisa estar segura. “Se não está tranquila para deixar sua filha viajar, tente entender o porquê”, diz a psicóloga Joana Arruda Elkis, orientadora educacional da Escola Alecrim, em São Paulo. “Conheço crianças ainda menores que viajam sem os pais e ficam muito bem. Mas essa confiança está apoiada em intimidade com a família que as leva para viajar.” Portanto, vale estreitar os laços com os pais da amiguinha ou ao menos tentar um encontro. Conte que a situação é nova tanto para você quanto para a sua filha e fale das questões práticas. Se ela for independente, tanto melhor. Provavelmente, já deve ter dormido na casa de parentes ou amigos. Mas, para uma semana toda fora, a criança precisa ter algumas habilidades, como tomar banho sozinha, escolher a roupa que irá usar e dar destino correto às usadas.

Ingrid Lisboa, especialista em organização, de São Paulo, orienta a prepararem a mala juntas: “Ela tem que saber onde estão as coisas e conhecer o que está levando na bagagem para ter mais autonomia”. Conversem bastante antes da viagem e veja se a menina tem alguma dúvida. É preciso garantir combinados, como manter os hábitos de higiene que tem em casa, ter uma boa postura com relação à alimentação e outras boas maneiras contemporâneas. Nunca é demais lembrar que, na casa dos outros, funcionam outras regras e que ela deve segui-las. Isso vale para o horário das refeições e de dormir e o tempo de uso de eletrônicos, por exemplo. Não quer dizer que a criança deve acatar ordens e adotar hábitos que lhe causem desconforto, como comer algo de que realmente não gosta. Nessa idade, no entanto, ela não tem capacidade de se colocar assertivamente. “Treine em casa, como num teatro, o que seria apropriado dizer nessas situações”, sugere Manuela Borges, terapeuta cognitivo-comportamental de crianças e adolescentes, do Rio de Janeiro.

O ideal é combinar um determinado número de ligações, como à noite, antes de dormir. Mas é importante que sua filha se sinta à vontade para ligar sempre que considerar necessário. E, em casos extremos, se ela pedir para voltar no meio do passeio, procure compreender o motivo. Pode ser que ela tenha sido contrariada ou esteja insegura. “Separar-se dos pais é uma experiência a ser aprendida e gera sentimentos ambivalentes”, explica Carina Chaubet D’Alcante Valim, psicóloga e mestre em ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Antes de dar a viagem por encerrada, pergunte se ela concorda em ficar mais uma noite. Mas não force a barra para que uma experiência negativa não a impeça de tentar outras vezes no futuro.

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