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Mãe morre de tristeza após perder o filho em chacina

Oito meses após ter seu caçula morto a tiros pela Polícia Militar do Rio de Janeiro, Joselita de Souza não resistiu à dor e perdeu a batalha contra a depressão

Por Redação CLAUDIA
Atualizado em 22 out 2016, 19h45 - Publicado em 11 jul 2016, 16h02
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Joselita de Souza, de 44 anos, perdeu o filho de forma trágica. Betinho, como era chamado, foi assassinado dentro de um carro com mais quatro amigos na comunidade de Costa Barros, no Rio de Janeiro. Os disparos partiram de policiais militares – mais precisamente, 111 tiros. Os meninos foram alvejados com balas de pistola e fuzil, e não resistiram.

Depois do episódio, sem justiça, chegou a receber atendimento na Secretaria estadual de Assistência Social, onde conversara com psicólogos. Sem trabalhar por estar abalada, o dinheiro começou a faltar e nem mesmo a passagem podia pagar. O governo, até hoje, também não indenizou as famílias das cinco vítimas. 

Aos poucos, abandonou a terapia, pois acreditava que nada seria capaz de aplacar sua dor. Dos últimos quatro meses para cá, deixou de se alimentar, vez ou outra tomava sopa. Nas últimas semanas, com a soltura dos policiais Antonio Carlos Gonçalves Filho, Thiago Resende Viana Barbosa, Marcio Darcy Alves dos Santos e Fabio Pizza Oliveira da Silva, que negam veementemente a autoria dos disparos, desabou. O processo interno que poderia acabar na expulsão deles caminha a passos vagarosos e ela tinha pouca esperança de ver resultados efetivos. 

Oito meses depois, sua dor irreparável não cessava por um segundo sequer. No decorrer desses muitos dias, Joselita foi vencida pela depressão. Na última quinta-feira (7), deu entrada no Posto Médico de Vilar dos Teles, em São João de Meriti, com uma parada cardiorrespiratória. Nesta ocasião, foi diagnosticada com pneumonia e anemia – mas a família acredita que foi tristeza. Infelizmente, Joselita não resistiu – ao quadro de seu organismo e à tragédia de seu menino – e foi velada no cemitério de Vila Rosali (RJ).

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