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Hora de dormir: como ajudar seu bebê a ter um sono tranquilo e reparador

Um bebê que não dorme bem prejudica o bem-estar de toda a família. Saiba o que fazer para que seu filho - e você! - tenha uma boa noite de sono!

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 27 out 2016, 21h28 - Publicado em 10 nov 2013, 22h00
Vanessa de Sá
Vanessa de Sá (/)
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“Garantir uma boa noite de sono ao bebê é garantir bem-estar aos pais”
Foto: Getty Images

Quando você estava grávida, provavelmente imaginava a lista de coisas que conseguiria realizar quando o seu filho estivesse dormindo – tomar um banho, comer sem interrupções… A soneca dos bebês é um grande momento para boa parte dos pais, mas também pode ser o mais frustrante, especialmente quando as coisas não saem como eles imaginavam. No consultório do pediatra, é muito comum a queixa: “Doutor, meu filho não dorme”. “Por que o assunto é sempre tão quente? Porque os pais ainda desconhecem que os bebês têm uma arquitetura do sono que não é igual à dos adultos, que eles dormem diferente”, explica Tadeu Fernando Fernandes, do Departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria.

 
Até os 3 meses, as crianças têm um sono que está longe de ser previsível e vai e vem toda hora. “Bebês têm curtos períodos de sono e não sabem distinguir o dia da noite”, explica Márcia Pradella-Hallinan, coordenadora do setor de pediatria do Instituto do Sono da Unifesp, em São Paulo. Assim como os pequenos, os adultos também despertam várias vezes durante a noite, embora mais espaçadamente. Mas, enquanto os mais velhos voltam a dormir tão rápido que nem se lembram disso, os bebês entram numa fase de sono agitada e leve, podendo chutar, fazer caretas e até mesmo gemer e chorar. Mas toda essa atividade logo é seguida de um sono mais calmo e profundo. Durante a noite, eles transitam entre as diferentes fases, experimentando curtos despertares entre elas. Isso não significa que eles tenham acordado de vez ou que estejam sofrendo ou com dores.
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“Boa parte dos pais fica assustada quando vê o pequeno se contorcer, chorar ou balbuciar e corre para acudir a criança. É importante que eles saibam que esses são despertares fisiológicos e que logo eles voltam a dormir. Um acordar preocupante sempre traz sinais associados: vômito, tosse, barriga dura e produção de gases e febre são alguns dos mais comuns. Se não há nenhum indicativo claro desses sintomas, via de regra é um acordar condizente com o período de vida em que ele está”, diz Fernandes.
 
Intervir no momento em que a criança está em sono ativo e nesse estado semialerta pode, na realidade, despertá-la de vez, impedindo que ela encontre o próprio ritmo de sono. E, se ela acordar, vai acabar por associar que, depois do sono leve, é hora de despertar, em vez de relaxar e engatar um sono profundo. “Pior, usar de alguma estratégia para fazê-la voltar a dormir, como colocá-la no carrinho ou balançá-la, pode fazer com que ela se habitue a esse estímulo e isso se torne um hábito. Aí, mais tarde, se o bebê não for atendido, os pais podem tomar um ‘baile’ “, alerta José Hugo de Lins Pessoa, do Núcleo de Sono da Sociedade Brasileira de Pediatria.
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Pessoa afirma que os pais ainda não têm conhecimento suficiente a respeito do sono dos bebês. “Principalmente, que é preciso ensiná-los a dormir e a engatar uma noite de sono sozinhos e que isso se faz com a instituição de um ritual na hora de ir para a cama.” Quando isso não acontece, forma-se um círculo vicioso, que leva não apenas os pequenos mas também os pais a sofrer com noites maldormidas. “Hoje em dia é difícil para muitos pais estabelecer uma rotina porque eles mesmos não têm uma em função da pressão de trabalho. Vemos pais chegando cada vez mais tarde em casa e querendo passar alguns momentos com os filhos, bebês dormindo cada vez mais tarde, crianças sendo superestimuladas em horários indevidos, só para citar alguns exemplos. Com tudo isso, os pais aparecem no consultório reclamando que o filho não dorme direito. Não poderia ser diferente”, alerta Fernandes.
 
Segundo Anna Price, pesquisadora no Murdoch Childrens Research Institute, do Royal Children’s Hospital, na Austrália, se o bebê não tem uma noite de sono tranquila, toda a família sai perdendo. “O casal, geralmente a mãe, fica mais ansioso, exausto, e os reflexos logo são vistos no relacionamento conjugal. Garantir uma boa noite de sono ao bebê é garantir bem-estar aos pais“, afirma. Para Jodi Mindell, diretora associada do Centro do Sono do Hospital Infantil da Filadélfia, nos Estados Unidos, há uma associação direta entre o bem-estar parental e o sono do bebê. “Estudos apontam que, quando os pais imaginam que o bebê está de alguma forma estressado ou sofrendo, ele tem mais problemas para dormir.”
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Quando o assunto são os filhos, dizem os especialistas, é comum ver pais criando condutas próprias baseadas nos velhos preceitos da tentativa e erro e do instinto. Mas paciência, disciplina e principalmente consistência, afirmam eles, são essenciais para garantir que seu filho tenha uma boa noite de sono. “A experiência de criar um filho pode ser fascinante, feliz e emocionante ou aterrorizante, confusa e avassaladora. A diferença entre os dois é uma boa noite de sono”, afirma a brasileira Suzy Giordano, autora do livro 12 Horas de Sono com 12 Semanas de Vida (Zahar).
 

Clique na imagem abaixo e confira as dicas dos experts para você ensinar seu bebê a pegar no sono sozinho:

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