Greve do Uber: entenda a paralisação que está acontecendo em todo Brasil
Ainda que a parada tenha começado com o aplicativo em específico, motoristas de outros apps também estão se juntando à manifestação.
Nesta quarta-feira (8), motoristas do aplicativo Uber iniciaram uma paralisação a meia noite, com a previsão de que dure 24 horas. Os motivos que ocasionaram o protesto são: busca pelo aumento do valor do quilômetro rodado, tarifa básica de 2 reais, diminuição da taxa cobrada de cada motorista nas corridas e maior fiscalização dos usuários.
Essas exigências surgiram porque na próxima sexta-feira (10) haverá a oferta inicial de capital na Bolsa de Valores sobre o Uber. Estima-se que a empresa possa ser avaliada em até 90 bilhões, o maior valor desde de 2014. Sendo assim, os motoristas entendem que a empresa pode oferecer melhores condições de trabalho a eles.
O movimento foi iniciado nos Estados Unidos, mas também alcançou o Reino Unido, a Austrália e o Brasil. Inclusive, um protesto presencial foi confirmado no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, que tende a seguir até o prédio da Bolsa de Valores. Entretanto, segundo Eduardo Lima, presidente da Amasp (Associação dos Motoristas de Aplicativo de São Paulo), em entrevista dada ao UOL, não se sabe qual é a real abrangência da paralisação, porque a ideia está sendo passada principalmente pelas redes sociais e WhatsApp.
Além do Uber, outros aplicativos estão envolvidos na busca por melhores condições de trabalho – como Cabify e 99. Foi pedido para que todos mantenham o aplicativo desligado durante o dia, assim como os motoristas do Uber estão fazendo.
Após o dia de hoje, será analisado qual foi o impacto da paralisação sobre o posicionamento da empresa e, consequentemente, quais serão os próximos passos dos motoristas sobre as reivindicações.