Garoto que gosta de se vestir de princesa inspira a mãe a escrever um livro
Existem coisas de meninos e de meninas? O americano Dyson Kilodavis, de 5 anos, prova que não
Meninas brincam de boneca, meninos brincam de carrinho. Meninas gostam de rosa, meninos gostam de azul. Gênero é uma das primeiras categorias sociais notadas pelas crianças. Mesmo quando ainda são pequenos, conseguem distinguir mulheres de homens, e vice-versa. Por isso, muitas pessoas olham feio para norte-americano Dyson Kilodavis, de 5 anos. Além de ter o rosa como sua cor favorita, o pequeno ainda ama se vestir de princesa.
O comportamento, inserido em uma sociedade permeada por machismo, homofobia e conservadorismo sofre muita reprovação. Por isso, a mãe resolveu criar um diário contando as experiências e as descobertas ao acompanhar o desenvolvimento do pequeno. A obra, chamada “My Princess Boy” (“Meu menino princesa, em tradução livre”), aborda a amizade e ensina as crianças a aceitarem as diferenças.
A primeira vez que Cheryl Kilodavis, mãe do garoto, percebeu o gosto dele por itens tidos como “de menina” fora aos dois anos. Ao chegar à escola para buscá-lo, ele se aproximou usando saia e salto alto. A família, é claro, no momento de choque, procurou especialistas em comportamento infantil. Mas foi da boca de outra criança, o seu filho mais velho Dkobe, de 8 anos, que os pais ouviram a resposta mais consciente: “apenas deixe-o ser feliz”.
Capa do livro “My Princess Boy”, de Cheryl Kilodavis.
Falando nisso…
É sobre a questão de gênero que a reportagem homônima da CLAUDIA Filhos de agosto, já nas bancas, trata. Conversamos com especialistas para entender as diferenças biológicas entre meninos e meninas, os tabus sociais envolvendo o desenvolvimento dos filhos e quais as melhores formas de lidar com o comportamento deles. A ideia é quebrar estereótipos e criar os rebentos com carinho, tolerância e de cabeça aberta.
Corra para as bancas!