Filhos e padrastos: 8 conselhos para evitar conflitos em família
Dicas para lidar com os problemas de relação e mostrar aos seus filhos que você tem o direito de amar de novo
Num primeiro momento, o padrasto deve manter-se isento e só palpitar na educação dos filhos com a permissão da mãe
Foto: Dreamstime
O ciúme dos filhos é comum e esperado quando uma nova figura entra na família.Com diálogo, a mãe precisa apresentar para eles o estranho que vai entrar na vida familiar.
“É importante dizer que o padrasto não é um substituto do pai“, explica a psicóloga Rosa Macedo, da PUC-SP. A mãe deve mostrar aos filhos que é uma mulher e tem direito a um companheiro. Importante: as orientações são as mesmas quando a nova integrante é a madrasta.
Abaixo, confira algumas dicas da psicóloga:
1. Assuma a relação para os filhos e mostre as vantagens, como apoio financeiro e afetivo e segurança.
2. Separe os papéis de mãe e esposa. As obrigações de mãe são as mesmas.
3. Frise que o padrasto não vai substituir o pai e não exija que os filhos fiquem de beijos e abraços com ele logo no início. Peça apenas respeito e paciência às crianças.
4. Inverter a situação também pode funcionar. Pergunte ao filho como ele reagiria se a mãe ou o pai quisessem escolher a sua namorada ou esposa.
5. Num primeiro momento, o padrasto deve manter-se isento e só palpitar na educação dos filhos com a permissão da mãe. Ele só estará liberado para dar ordens e conselhos diretamente aos jovens quando tiver a confiança dos filhos.
6. A mãe deve evitar ao máximo a posição de intermediária. Se o filho está sendo malcriado, não use a fórmula do “Fulano não gosta!”. Dê a ordem adequada diretamente para os filhos.
7. Se os problemas já estão acontecendo, é necessário reunir a família. É aí que o padrasto deve se colocar como alguém que quer ajudar.
8. Se o caso for muito complicado, procure orientação profissional. Várias universidades oferecem serviços gratuitos de terapia familiar.
História real
Foto: Marina Piedade
A auxiliar de limpeza Simone Regina Pinto, de 37 anos, teve que lidar com a rejeição dos filhos pelo padrasto, Juca, assim que eles atingiram a adolescência.
“Quando as crianças começaram a crescer, o ciúme tomou o lugar da paz e vivíamos com brigas e mentiras intermináveis“, relata ela. Uma das filha de Regina chegou a inventar que o padrasto havia abusado sexualmente dela. Já um dos filhos, disse que havia visto o marido de sua mãe com outra mulher!
As mentiras não abalaram Regina, mas colocaram sua família contra Juca e acabaram separando o casal por dois anos.
Hoje, mais velhos, os filhos aprenderam a respeitar o padrasto. “Espero que eles compreendam que o amor de mãe é insubstituível. No entanto, também quero ser feliz com o homem que eu amo”.