Fevereiro tem lua negra rara; entenda e conheça as luas especiais
Lua negra é o nome de três fenômenos diferentes, e o deste mês não ocorre desde 1999. Saiba mais também sobre lua azul, lua vermelha e superlua
Redonda e iluminada, fininha (diminuindo ou crescendo) ou praticamente invisível, a lua é incrível tanto pelas mudanças de fase que conseguimos ver aqui embaixo quanto pela influência que tem nos acontecimentos da natureza – como as marés e a movimentação da seiva nas plantas (que determina as melhores épocas para podas, por exemplo). Quando ela ganha nome especial por causa de algum fenômeno menos comum, então, ficamos fascinadas. É o caso deste mês.
Fevereiro de 2018 tem uma lua negra rara: nele, não veremos nenhuma lua cheia. É o segundo tipo de lua negra mais incomum que existe.
Três luas negras possíveis
O termo “lua negra” serve para designar três eventos lunares diferentes.
O raríssimo é quando um mês não tem nenhuma lua nova. Não há registro de um desde os anos 1990 e não há previsão que isso vá acontecer até os anos 2030.
O intermediário é o deste mês, em que não há nenhuma lua cheia. A última vez que ocorreu um foi em fevereiro de 1999 e a próxima será em fevereiro de 2037.
E o mais comum é quando há duas luas novas em um mesmo mês. Rolou em setembro de 2016, assim como duas vezes em 2014 (nos meses de janeiro e março); a próxima será em agosto de 2019. Ou seja, não precisamos esperar tanto assim por uma.
Infelizmente, a lua negra não é tão gráfica quanto gostaríamos, já que a lua não fica literalmente negra. O nome foi cunhado na revista americana “Farmer’s Almanac” há mais de um século apenas porque soava bem.
O lado místico da lua negra
Para quem curte um pouco de misticismo, a lua negra é um prato cheio, pois tem energia de reflexão e renovação. Os processos problemáticos que empatam a vida das pessoas se tornam mais claros, se encerram e dão espaço para energias positivas e transformadoras.
No caso de uma lua negra que significa a ausência de uma lua cheia – caso desta de fevereiro –, deve-se considerar que a transformação se faz especialmente forte nos três dias finais da última lua crescente do mês.
Outras luas especiais
Além da lua negra, três luas chamam a atenção: a lua azul, a lua de sangue e a superlua. Vamos entender como é cada uma delas.
A lua azul, assim como a negra, não fica da cor que seu título sugere. Ela existe quando um mês tem duas luas cheias – e a que recebe o nome de lua azul é a segunda. Sua ocorrência é diretamente ligada à diferença entre o calendário lunar e o calendário gregoriano (que é o que seguimos). Funciona assim: um mês no calendário lunar tem 29,5 dias, enquanto um mês no gregoriano tem 30 ou 31 dias (com exceção de fevereiro, com 28 dias). Esse desencontro faz com que de tempos em tempos tenhamos uma lua azul. A última foi em 31 de janeiro deste ano, a próxima será em 31 de março.
Lua de sangue é uma forma poética de falar sobre a lua durante o eclipse lunar total. O alinhamento astronômico faz com que a Terra se posicione exatamente no meio do caminho entre a lua e o sol. Por alguns minutos, a lua deixa de ser branca e fica avermelhada. Finalmente uma lua especial que faz jus à cor do nome! Tivemos uma lua de sangue em 31 de janeiro e teremos outra em 27 de julho deste ano.
Por fim, a superlua refere-se a períodos específicos em que a lua cheia fica maior e mais brilhante no céu do que o normal – ela continua do mesmo tamanho, na verdade, apenas parece maior na nossa visão. O aparente aumento se dá porque em um ponto específico de sua órbita a lua fica mais próxima da Terra, uma vez que ela gira de forma elíptica (oval), e não circular, em volta do planeta. Esse ponto é chamado de perigeu.
Podem rolar de uma a seis superluas em um ano. Em 2018 tivemos uma no primeiro dia do ano. A próxima será em 21 de janeiro de 2019.