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Fernanda Takai fala de sua paixão por cães

A cantora conta como os bichos nos ensinam afeto e responsabilidade

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 15 jan 2020, 00h54 - Publicado em 16 out 2014, 21h00
José Esmeraldo Gonçalves  (/)
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Fernanda Takai fala de sua paixão por cães

Fernanda Takai e a filha, Nina, com os cães Branquinha, Plug e Tatá, no jardim de sua casa em Belo Horizonte
Foto: Tomás Arthuzzi

No recente CD solo Na Medida do Impossível, a mineira Fernanda Takai, 43 anos, canta You and Me and the Bright Blue Sky, que descreve, do ponto de vista de um cão, a amizade por sua dona. A música é tema de um clipe gravado no deserto de Salta, Argentina, e acessado no YouTube. Se, como diz a cantora, o novo álbum representa profundamente seus gostos e inspirações, essa canção ressalta ainda mais uma de suas grandes paixões. “A música é de autoria de Charles ‘Cholli’ di Pinto, um americano que mora há muito tempo no Brasil”, diz Fernanda sobre o clipe, em que a atriz Andrea Lombardi, 29, contracena com o cão Goro, 3.

Na “trama”, o cachorro – que curiosamente não é um “ator contratado”, a produção o encontrou sentado à beira da estrada à espera de seu dono – “interpreta” o afeto de um vira-lata por sua dona. “Tudo é importante quando eles estão juntos e qualquer momento distante é pior. Ele pensa que não vai mais vê-la, mas ela sempre volta”, descreve Fernanda. Um tipo da sensação que seus cachorros – Branquinha, 8, Tatá, 5, e o dálmata Plug, 2 – devem experimentar, já que a cantora tem viajado muito, cumprindo uma série de apresentações com o Pato Fu, banda da qual é vocalista, e da turnê do show Na Medida do Impossível.

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O bairro da Pampulha, em Belo Horizonte, onde mora com o marido, John Ulhoa, 44, músico do Pato Fu e produtor, com quem está casada há 19 anos, e a filha, Nina, 11, é o ponto de reencontro com os cães que, segundo ela, “sorriem apenas com o olhar” ao revê-la. O amplo quintal da casa é território livre para os animais. “Eles vivem no jardim, têm bastante espaço para correr, insetos para perseguir. Ao mesmo tempo, são muito obedientes, fazem tudo para nos agradar.”

A percepção dos cães é coisa que sempre impressiona a cantora ao voltar das viagens exaustivas e das horas passadas em aeroportos e hotéis. “Acho que eles tentam ficar mais perto quando percebem que o nosso reservatório de energia está baixo. Meio que dizem: ‘Ei, estou aqui. Faço de tudo para você ficar bem! Quer coçar minha barriga? Posso sentar no seu colo?'”, brinca. “Quando criança, sempre tive animais de estimação. Lembro-me que era um exercício diário de amor e humor. Quantas vezes não me sentia melhor por ser importante na vida de um bichinho?”, pergunta-se.

Fernanda Takai fala de sua paixão por cães
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Os cães da família têm muito espaço para brincar, pular e caçar insetos
Foto: Tomás Arthuzzi

Equilíbrio saudável

Foram tais lembranças que, tão logo Nina cresceu, Fernanda quis proporcionar à filha. “Cuidar de outro ser nos faz melhor, mesmo que seja uma plantinha”, comenta ao explicar que ter um cachorro na infância lhe deu importantes noções de comunicação, afetividade e até de responsabilidade. “Espero que Nina seja uma garota feliz e faça suas escolhas genuinamente, pelo coração. Meus pais me ensinaram a ser uma boa companhia, ter educação, saber ouvir, falar com clareza. Sou uma mãe que preza a disciplina e os limites, mas também sou do tempo em que criança tinha de ser criança, com tempo para brincar, para errar, para aprender. Hoje elas são cobradas demais”, diz.

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Apesar de conviver há muito tempo com a rotina de viagens, Fernanda diz que tenta manter um equilíbrio saudável entre a casa e a estrada. “Quando estou em BH, as manhãs são dedicadas a Nina, que estuda à tarde, e ao gerenciamento da casa, à supervisão de tarefas escolares, ao almoço, à arrumação. A parte da tarde deixo para cuidar de entrevistas, reuniões, gravações, consultas, compras, supermercado. Quando estou em turnê é plantão 24 horas: aeroporto, hotel, entrevistas, passagem de som, encontro com fãs. Tudo muito corrido.”

Por causa da correria, um dia de lazer em família sempre é muito bem aproveitado. “Tem de ter algum momento gastronômico especial, um filme ou uma bela vista e muito conforto”, diz rindo. Mas Fernanda também guarda um tempo para ficar quieta em seu canto. Quando precisa desenvolver uma ideia musical, o silêncio é seu melhor companheiro. “Gosto de compor em casa, com meu violão dos tempos de criança, papel e caneta. Engraçado que eu tive uma coluna em dois jornais durante seis anos e escrevia em aeroporto, táxi, hotel… Mas música eu prefiro fazer no meu cantinho. Olhar para o cotidiano com menos pressa me inspira. Faz me sentir feliz à toa por causa de uma paisagem ou um abraço da filha.”

Plateia especial

Foi nesse clima intimista que nasceu o CD Na Medida do Impossível, em que Fernanda canta músicas próprias e regrava sucessos como A Pobreza, de Renato Barros, 71. “Gosto de misturar os mundos, mas sempre de forma delicada. Ter mais canções minhas requer colocar um filtro de qualidade à altura das outras músicas que já são comprovadamente boas e consagradas. Tentei fazer isso”, diz a cantora, que teve o marido como produtor. “John me conhece muito bem e é extremamente versátil. Ele sabe criar a atmosfera ideal para cada canção, ouvindo minhas considerações. Temos mais convergências do que divergências na vida, por isso nosso casamento dá tão certo”, fala sobre o parceiro que conheceu em uma loja de acessórios musicais que ele tinha no começo dos anos 1990. Das conversas entre os dois, surgiu o convite para Fernanda participar do Pato Fu.

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Determinados a ficar mais próximos de Nina e aproveitar melhor as horas em família, Fernanda e Ulhoa montaram um estúdio em casa. Ela diz que, quando está gravando fora, é muito fácil perder a noção da hora. Trabalhar na sala ao lado ajuda a controlar o tempo e a manter o foco. Melhor para Nina, que pode desfrutar da companhia dos pais. E, de quebra, para Branquinha,Tatá e Plug.

O trio ganhou um privilégio que causa inveja a muitos fãs da cantora: têm direito a audiências em primeira mão e nem precisam de pulseirinhas VIPs. Fernanda Takai entrega: “Eles gostam de ficar na porta do estúdio me ouvindo cantar durante as gravações e ensaios. Acho bonitinho”.

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Fernanda com os cães Totó e Pipa (deitada), ambos já falecidos
Foto: Nelio Rodrigues

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