Família americana viaja o mundo para adotar crianças
Quando o processo atual for finalizado, Carla Azhderian será mãe de nove - quatro crianças biológicas e cinco adotivas.
A família de Carla Azhderian não é tradicional. Além dos filhos com laços sanguíneos, ela também adotou alguns de coração.
Eles já tinham quatro crianças biológicas quando decidiram expandir o clã em 2006. O primeiro processo de adoção internacional foi na Guatemala. Eles viram a foto de uma menina em situação de risco e, imediatamente, sentiram que ela poderia dividir o lar com eles. Infelizmente, antes de finalizarem o trâmite legal, ela foi baleada e faleceu.
Mas o casal não desistiu. Foram à Etiópia, onde adotaram uma garotinha de um ano. Em seguida, outra menina de Gana e, depois, um garoto polonês. “Toda vez que adotávamos pensávamos que iríamos parar, mas continuamos indo a estes países e vendo a necessidade… Então pensávamos, ‘bem, temos espaço para mais um’. E o resto da família sempre concorda”, disse Azhderian à BBC. “Mas ficou mais difícil com o passar do tempo. Eu diria que, todas as vezes que você vai a um país não integrante de Haia (em referência aos países que não ratificaram convenção de 1993 sobre adoção internacional), sempre há corrupção e problemas éticos. Ficou mais complicado adotar”.
Agora, Carla está em Kiev, capital da Ucrânia, para finalizar um processo de adoção que já dura um ano. Quem também espera o fim desse processo é Serhiy, de 11 anos, que foi retirado da zona de guerra no sul do país logo depois do início do conflito, em 2014.