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Existe tempo ideal para tentar a segunda gravidez?

Será que o corpo precisa de um intervalo pré-determinado? E como fica o lado emocional? Especialistas explicam tudo!

Por Raquel Drehmer
Atualizado em 15 jan 2020, 17h52 - Publicado em 17 Maio 2019, 00h27

Fernanda Lima está em sua segunda gestação 11 anos depois do nascimento dos gêmeos Francisco e João, em 18 de abril de 2008. Já Thais Fersoza engravidou do segundinho, Teodoro, quando Melinda tinha apenas três meses de vida – a diferença de idade deles não chega a um ano completo, já que a primogênita nasceu em 1º de agosto de 2016 e o caçula, em 25 de julho de 2017.

São casos extremos de tempo entre a primeira e a segunda gestação, mas simbolizam bem os maiores debates entre mulheres que querem engravidar novamente depois do primeiro parto: quando é a hora de partir para essa aventura? Os temores em tópicos sobre o assunto em grupos de mães no Facebook são demorar demais ou serem muito “apressadinhas”.

Será que existe isso de “tempo ideal” entre uma gravidez e outra? Mais pelo corpo ou pelo emocional? Conversamos com a ginecologista e obstetra Tatiane Boute e com a médica psiquiatra e do estilo de vida Ana Paula Carvalho sobre tudo que envolve essa decisão.

Preparação do corpo para a segunda gravidez

A Organização Mundial da Saúde recomenda um intervalo de dois anos após o parto para uma nova gestação – isso evitaria riscos indicados em estudos, como restrição de crescimento fetal, trabalho de parto prematuro e, em caso de cesárea anterior, rompimento da cicatriz uterina.

“O cenário que vivemos hoje, porém, com mulheres tendo sua primeira gravidez em idade mais avançada, nos fez repensar essa orientação. Mas um intervalo de pelo menos seis meses seria recomendado”, diz Tatiane.

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Ela explica que é importante restabelecer a parte nutricional, já que gestação, parto e amamentação são períodos de grande demanda de nutrientes do organismo da mulher, além de fazer exercícios de fortalecimento abdominal (para melhora da diástase – a separação entre os grandes músculos abdominais causada pela gravidez) e fisioterapia pélvica (para restabelecer a musculatura do assoalho pélvico).

Fora isso, é bom evitar fumar, consumir bebidas alcoólicas e drogas no período em que estiver tentando engravidar. Como a gestação só é confirmada quando já existe há algumas semanas, esse comportamento mais zeloso impede o contato do embrião com substâncias nocivas desde o primeiro dia de existência.

Como fica o emocional para a segunda gravidez

Não é só o corpo que precisa estar em ordem para a mulher gerar um novo bebê (ou mais de um, caso acabe se tratando de uma gestação gemelar): a cabeça também merece atenção.

Ana Paula afirma que não existe uma regra de tempo ideal entre uma gravidez e outra. “Uma segunda gestação, quando vinda depois de uma primeira sem nenhuma intercorrência, não pede necessariamente um acompanhamento psicológico ou psiquiátrico, especialmente se foi planejada”, diz. Se for uma gravidez surpresa, no entanto, esse acompanhamento pode ser bem-vindo.

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Ela destaca que as mulheres que passaram por depressão pós-parto na gestação anterior devem comunicar o quadro ao obstetra para que, juntos, acompanhem as necessidades da mulher – em alguns casos, o tratamento nem terminou ainda, então pode ser preciso desenvolver uma nova abordagem para a conduta com a paciente durante e após essa nova gravidez.

Preparar o primogênito também pode ser necessário

Dependendo da idade do filho mais velho, é importante prepará-lo para a chegada do novo bebê. “Os mais velhos, com oito anos de idade ou mais, normalmente entendem bem a dinâmica e espontaneamente se colocam como ajudantes da mãe em vez de posarem de rivais dos bebês”, diz a psicóloga Aline Alcântara.

Já os menorzinhos podem se sentir rejeitados por causa da chegada dessa nova pessoinha à família. “O sentimento de ‘Eu não era suficiente?’ é comum e inconsciente”, explica. “Se a mãe notar um certo isolamento ou a recusa do primogênito até para falar sobre o assunto, é legal conversar, mostrando que amor não se divide, mas se multiplica, e procurar ajuda especializada de uma psicóloga focada ema família se não notar muito progresso”, recomenda.

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