Cuidado: Você dá mais atenção ao seu filho ou ao seu smartphone?
Estudo global revela que grande parte das crianças acredita que seus pais passam mais tempo usando dispositivos móveis do que com eles
Não se trata mais de uma batalha entre irmãos, hoje os maiores responsáveis por “roubar” a atenção dos pais são os dispositivos móveis, como smartphones e tablets. 42% das crianças ouvidas em um recente estudo global realizado pela AVG Technologies, empresa de segurança on-line de 202 milhões de usuários ativos, sentem que o pai e a mãe passam mais tempo usando esses aparelhos do que com eles.
Outra evidência da intrusão digital na vida familiar foi que quase metade das crianças respondeu que seus pais “checam demais o smartphone” (54%). Em uma lista de opções de possíveis hábitos ruins, o maior problema levantado pelos filhos foi que os adultos se distraem usando o celular enquanto conversam com eles – algo que faz com que um terço dos ouvidos se sinta desprezado (32%).
Quando questionados sobre seu próprio uso de dispositivos móveis, a maioria dos pais concordou que é muito frequente (52%) e muitos se preocupam sobre o reflexo disso nas novas gerações. Quase um terço dos pais pesquisados (28%) sentem que não dão um bom exemplo.
“Percebemos a importância de os pais prestarem mais atenção no exemplo que estão dando aos mais jovens. Desde cedo é fundamental criar bons hábitos no uso da tecnologia, jamais substituindo o diálogo e as atividades off-line pelas online”, destaca Tony Anscombe, evangelizador de Tecnologia e executivo da AVG Technologies. “Estamos vivendo uma nova realidade dentro dos lares e nas famílias em todo o mundo e precisamos prestar atenção a esses novos hábitos para que não comprometam a educação e formação das novas gerações”.
Em uma comparação entre países, os pais brasileiros foram ranqueados como os que mais usam dispositivos móveis segundo os filhos, com 87% das crianças afirmando que consideram o uso de smartphones excessivo. Mais preocupante: 59% dos pais brasileiros admitem usar o celular enquanto dirigem.
A pesquisa entrevistou pais e seus filhos com idades entre 8 e 13. Um total de 6.117 pessoas participaram do estudo, realizado em junho de 2015, com o trabalho de campo conduzido pelo Instituto Research Now na Austrália, Brasil, Canadá, República Tcheca, França, Alemanha, Nova Zelândia, Reino Unido e Estados Unidos.