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Como perceber deficiência auditiva em bebês?

Pais e tutores devem estar atentos a sinais que podem se manifestar ao longo dos dois primeiros anos de vida dos pequenos.

Por Raquel Drehmer
Atualizado em 16 jan 2020, 06h24 - Publicado em 24 out 2018, 01h11

A cada mil crianças brasileiras, quatro nascem com algum tipo de deficiência auditiva. Apesar de o Teste da Orelhinha – de realização obrigatória em maternidades públicas e privadas do Brasil – ser capaz de detectar algo fora do normal já nas primeiras 48 horas de vida do bebê, algumas condições se desenvolvem mais adiante na vida do bebê, então pais e tutores devem estar sempre atentos aos sinais de que a audição do pequeno não vai bem.

Conversamos com as especialistas Jeanne Oiticica (otorrinolaringologista, atoneurologista e chefe do Grupo de Pesquisa em Zumbido do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP) e Bettina Carvalho (otorrinolaringologista do Hospital IPO) para esclarecer as principais dúvidas sobre deficiência auditiva – causas, tratamentos e muito mais – em bebês. Confira e fique alerta no dia a dia.

Quais sinais podem servir de alerta de que algo não vai bem na audição do bebê?

Resumidamente, que não reaja da maneira esperada a sons e chamados. Bettina detalha o que é aguardado de acordo com a idade do bebê:

– Desde o início da vida: que dê pulinhos ou se assuste com sons altos, pare de mamar ou chore quando ouvir um som novo.

– Aos 3 meses: que faça contato visual quando alguém fala com ele.

– Aos 9 meses: que vire na direção do som quando chamado pelas costas; que faça sons como “baba”.

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– Com 1 ano: que faça sons começando com várias consoantes diferentes.

– Com 1 ano e meio: que use expressões simples para expressar seus desejos.

– Com 2 anos: que repita palavras ou frases curtas.

Os pais podem fazer algum teste em casa se desconfiarem que a audição do bebê não vai bem?

Podem e devem. Algumas dicas: chamar o bebê quando ele estiver de costas, fazer barulho e observar se ele apresenta reação, observar se ele pede constantemente que se aumente o volume da televisão.

Em caso de suspeita de perda auditiva, é aconselhado procurar um/a otorrinolaringologista.

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A partir de que idade o aparelho auditivo pode ser usado por um bebê?

Desde cedo, por volta dos 6 meses de vida, e de preferência antes de ele completar 2 anos. É importante providenciar a reabilitação da perda auditiva o quanto antes para que ela não afete o desenvolvimento da fala e da escrita – e, consequentemente, não prejudique o desenvolvimento infantil.

Como se determina a escolha do modelo de aparelho auditivo para um bebê?

A escolha é feita de acordo com o grau de perda auditiva. Mas é importante observar que os aparelhos intracanaliculares não são recomendados para bebês muito pequenos, porque o circuito do dispositivo não cabe dentro do conduto auditivo; nestes casos, o aparelho de amplificação sonora é o mais indicado.

Quais são as principais causas dos problemas auditivos em bebês?

Hereditariedade (a chamada mutação genética), malformação congênita (enquanto é um feto), infecções da mãe durante a gestação (sarampo, rubéola, toxoplasmose, sífilis, citomegalovírus), sofrimento fetal, uso de medicamentos, doenças do bebê (como otites e meningites) e traumas (desde acidentes com cotonetes ou outros corpos estranhos no ouvido até acidentes mais graves).

Há cura para as deficiências auditivas de bebês?

Depende do caso. Algumas são reversíveis, como as causadas por uma otite média secretora. Já aquelas causas por meningites, por exemplo, não são reversíveis. Há, porém, tratamentos para todas, com medicamentos, cirurgias, aparelhos ou implantes auditivos adequados. O importante é detectar o problema o quanto antes, para poder tomar as medidas necessárias sem prejudicar o desenvolvimento do bebê.

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