Como manter o controle em cinco situações críticas de trabalho
Não podemos controlar o mundo, mas temos condições de aprender a dominar as nossas reações, mesmo diante das situações mais estressantes. Siga os conselhos dos experts para se manter sempre em equilíbrio
Conviver com um colega de trabalho que quer puxar o seu tapete, não ter o reconhecimento merecido ou estar sempre ansiosa com as tarefas, por exemplo, são questões que precisam ser resolvidas sem você descer do salto – por mais difíceis e constrangedoras que sejam. O ideal, ao sentir que uma dada situação desafia seu autocontrole, é respirar fundo e contar até dez. Assim você não compromete a sua reputação, não magoa os outros (nem a si mesma) e, sobretudo, ganha tempo para pensar na solução mais adequada. “Esse controle é sempre necessário, pois vivemos rodeados por outras pessoas. Imagine como seria se não conseguíssemos equilibrar nossas emoções: um caos!”, diz o psicólogo Fernando Elias José (RS). Ok, muitas vezes é complicado manter o sangue frio… Por isso, pedimos para experts no assunto revelarem a melhor forma de reagir nas situações adversas, no trabalho ou em casa. Acompanhe.
Convivência com pessoas abusivas
O que evitar – “Não bata de frente para defender o seu ponto de vista. Pessoas com esse perfil gostam de se mostrar superiores, seja um chefe, seja um marido autoritário. Mas isso não significa ser permissiva e acatar a tudo que lhe pedem”, indica Fernando.
A reação certa – O diálogo é sempre a melhor saída. “Durante um café, por exemplo, chame a pessoa para uma conversa e aborde o que a deixa insatisfeita com a relação de vocês”, explica Fernando. Diga que entende a visão dela, mas que você tomaria uma atitude e um posicionamento diferentes. Assim você mantém o respeito e deixa clara a sua opinião.
Colega que tenta puxar o tapete
O que evitar – “Não se envolva em fofocas e debates desnecessários. Muitas vezes, a pessoa que quer passar você para trás premedita as atitudes e prepara certas polêmicas como armadilha”, diz o neurolinguista Luiz Claudio Gomes (RJ).
A reação certa – Mantenha uma relação amigável, mas com cautela. Em hipótese alguma divida algo da sua vida íntima com essa pessoa ou com alguém próximo a ela. Não dê informações ao “inimigo”, certo?
Insatisfação com as atividades realizadas
O que evitar – Ficar acomodada, esperando alguma mudança, gera ainda mais frustrações. “Quando a insatisfação se torna crônica há uma perda significativa na produtividade e no rendimento. E isso aumenta o sentimento negativo”, afirma Luiz Claudio.
A reação certa – “Saber de onde vem essa tristeza ajuda a solucionar o problema”, diz o psicólogo Fernando. Pense e reflita: são as suas responsabilidades cotidianas que a incomodam ou a questão é maior e engloba a sua profissão, seu relacionamento ou sua vida familiar? Se você não gosta do que faz, mas sabe que depois será valorizada – como ter uma promoção no trabalho -, use essa situação ruim como motivação. Caso contrário, está na hora de estabelecer novas metas, como mudar de emprego, por exemplo.
Falta de reconhecimento
O que evitar – Reclamar sobre o seu ressentimento, especialmente para aqueles que não estão envolvidos na história. “Isso só gera picuinhas e fofocas, o que acaba aumentando a proporção do problema”, diz Maria Rita.
A reação certa – Não espere aplausos para tudo. A satisfação é uma conquista pessoal. “Mas se você sente necessidade de ser reconhecida, que tal perguntar ao seu chefe o que ele achou do resultado do seu trabalho, se você superou ou não as expectativas dele, o que pode melhorar da próxima vez?”, sugere Maria Rita. Porém, esteja preparada para uma possível crítica negativa.
Dificuldade para se entrosar com algumas pessoas
O que evitar – Não se esconda nem se isole. “É difícil ter afinidade com todo mundo, mas respeitar aqueles que pensam diferente de você é uma regra básica de convivência”, diz o psicólogo Fernando.
A reação certa – Não gosta daquela colega do trabalho ou tem problemas com sua cunhada? Vocês não precisam ser melhores amigas. “Tente repensar o que não lhe agrada naquela pessoa e dê uma nova chance para a relação de vocês. Às vezes, é só uma má primeira impressão”, finaliza o neurolinguista Luiz Claudio.