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Como impor limites aos filhos pequenos

Você tem receio de impor limites ao seu bebê? Saiba que a criança que não recebe limites tende a se tornar uma pessoa com dificuldade de adaptação na escola. Veja o que fazer

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 28 out 2016, 00h59 - Publicado em 11 Maio 2011, 22h00
Rita Trevisan
Rita Trevisan (/)
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Não esqueça de elogiar toda vez que seu filho fizer algo positivo. O bebê naturalmente tenderá a repetir a atitude pela qual recebeu aprovação e afeto
Foto: Getty Images

Tão importante quanto transmitir afeto é ensinar limites ao pequeno. A partir do momento em que recebe os primeiros “nãos”, o bebê entra em contato com a frustração e, gradualmente, aprende a lidar com ela. “Já o pequeno que não recebe limites tende a se tornar uma pessoa com dificuldade de adaptação, seja na escola, no trabalho, seja nos relacionamentos. Isso porque a sociedade tem regras, e a criança não foi acostumada desde pequena a segui-las”, explica a filósofa e mestre em educação Tania Zagury, do Rio de Janeiro, autora de 20 livros sobre o tema, entre eles Limites sem Traumas (Editora Record). Mas como ensinar o que pode e o que não pode a uma criança que mal começou a adquirir noções de linguagem?

Quem responde é a própria educadora: “Tente usar a linguagem corporal”. Isso não significa abrir mão da bronca, mas associar às palavras uma expressão facial ou um gesto que reflitam a desaprovação. “Para tanto, você deve abaixar-se, olhar nos olhos do pequeno e transmitir o recado com voz firme, pausada e expressão séria. Assim, mesmo sem entender tudo o que está sendo dito, o bebê percebe, pela entonação, que seu comportamento não está agradando”, ensina a especialista. Na hora de chamar a atenção, poupe a criança de explicações desnecessárias. Em vez de longos sermões, formule frases claras e diretas. Diga apenas: “O que você fez é feio”, “Não pode mexer aí”, “Não bata porque faz dodói” etc.

Sem desgastes

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Mas não se surpreenda se, imediatamente após sua intervenção, a criança voltar a adotar a atitude pela qual acabou de ser repreendida. Acredite: ela não está fazendo de propósito, só para provocar você. “A verdade é que um bebê dessa idade precisa de bastante tempo para formar o conceito do que é bom ou ruim; esse aprendizado não acontece de uma hora para outra. É provável que os pais tenham de repetir várias vezes a mesma advertência. E, na medida do possível, devem fazê-lo com o máximo de tranquilidade, entendendo que não podem cobrar do filho algo que ele ainda não pode dar”, explica Tania.

Um bom caminho para evitar desgastes desnecessários é afastar o pequeno daquele ambiente ou situação oferecendo alguma atividade capaz de mudar o foco de interesse da criança. Se ainda assim o bebê insistir na arte, o próximo passo poderá ser aplicar uma sanção ou um castigo leve, que ele consiga relacionar com a falta cometida. “A criança precisa sentir que vai perder algo caso continue agindo daquela forma. Assim, irá perceber que suas ações sempre têm consequências. Por exemplo: se ela está batendo na tela da TV e a mãe já explicou mil vezes que não pode, uma alternativa é desligar o aparelho, deixando-a sem seu programa preferido por pelo menos alguns minutos”, orienta Tania.

Outra estratégia é tirá-la da brincadeira ou do espaço que está explorando, levando-a diretamente para o berço ou o cercado, local em que poderá permanecer por alguns instantes em segurança, sem nenhum brinquedo ou estímulo, para que possa se ressentir da nova condição. Mas veja bem: esse tipo de castigo é um último recurso e só deve ser aplicado quando as tentativas de conversa e de distração já se esgotaram.

Limites na prática

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Ao oferecer uma rotina estruturada à criança, você também a ajuda a conviver com limites preestabelecidos. O bebê acostumado a se alimentar e a dormir em horários definidos pelos pais, de acordo com a dinâmica da família, provavelmente terá menos dificuldade para lidar com outras restrições. “Por isso, é essencial a criança pequena ter horários fixos, ainda que ela resista em algumas ocasiões. A rotina não precisa ser rígida ao extremo, mas sua existência beneficia o pequeno e a família”, afirma a psicoterapeuta Ana C. Marzolla, de São Paulo.
 

5 atitudes dos pais que prejudicam a colocação de limites

1. Esticar as explicações em vez de dar ordens claras e diretas.

2. Não colocar firmeza na voz nem mudar a expressão no momento de repreender a criança, transmitindo a ela uma mensagem dúbia.

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3. Deixar o filho descumprir uma regra para não repetir a mesma ordem.

4. Criar normas diferentes para as crianças da casa.

5. Usar violência física ou verbal. Em termos de disciplina, os melhores resultados surgem do diálogo e de sanções relacionadas à regra quebrada.

 

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