Como falar de violência com as crianças?
Está na TV, nos jornais, na internet. Não dá para fugir desse assunto. Então, converse com seus filhos abertamente
Ao tratar de assuntos delicados, fale com carinho com seus filhos – mas sempre com sinceridade!
Foto: Dreamstime
Mãe, esse tanque de guerra é de verdade? Se eu fizer coisa errada, você me leva pra polícia? Nas últimas semanas, o país só fala da guerra entre polícia e traficantes no Rio de Janeiro. Como explicar tanta violência às crianças? Falando abertamente, ensinando o que é certo e errado. A psicóloga especialista em terapia familiar Renata Lommez, AnaMaria dá dicas para esclarecer o assunto a seus filhos e transformar esse caos em lições de cidadania para tornar o mundo melhor. Acredite, isso está nas mãos dos nossos filhos!
O que tirar de bom das situações negativas
. Veja com seu filho os noticiários e os jornais. Assim, você tira as dúvidas dele, evitando que o pequeno se infome só com colegas, que podem confundi-lo.
. Explique o que é direito e dever. Manter-se dentro das leis, tratar as pessoas com igualdade e pensar no próximo é fundamental na vida.
. Leve-o para visitar escolinhas ou creches de pessoas menos favorecidas. Assim ele descobre que existem muitas realidades e diferenças, e que, se todos tivessem oportunidades iguais, a violência com certeza seria menor.
Violência é sempre errado!
Exemplo começa em casa
Marido e mulher devem conversar em tom calmo. Começou uma discussão? Vá com ele para longe das crianças.
Respeito em qualquer situação
Ensine sem xingar ou bater. Fale que todo ato tem consequências. E nada de falar para o pequeno revidar uma agressão com um tapa no agressor.
Corrupção, jamais!
Mentir, colar na prova, roubar não são coisa de criança. É errado. Mostre que a prisão de bandidos é consequência de atos errados deles.
Em cada idade, uma boa lição a dar
3 a 5 anos: brigas com coleguinhas ou irmãos por causa de brinquedos
Olhe nos olhos dele e diga para emprestar o brinquedo, pois um dia pode precisar de algo emprestado do amiguinho. Incentive a troca.
5 a 8 anos: competição excessiva no futebol ou em aulas de dança
Explique que todos têm oportunidades. Esporte é atividade coletiva, é preciso aprender a jogar de forma solidária.
8 a 11 anos: situações de bullying (perseguição) na escola
Pergunte ao seu filho: você queria passar por isso? O bullying prejudica muito a criança – tanto quem pratica quanto quem sofre.
11 a 15 anos: brigas, gritos e até violência contra os pais
O filho pode pensar o que quiser, ter opiniões diferentes, mas gritar e ser violento, não! Dê liberdade para que mostre suas opiniões sem o reprimir, mas, sobretudo, exija respeito.