Como equilibrar os estudos e as atividades físicas
Saiba como garantir que seu filho tenha uma rotina saudável e livre do estresse
A agenda atribulada das crianças tem sido tema recorrente nas reuniões de pais e mestres – e, o que é pior, nos consultórios de médicos e psicólogos. Na ânsia de proporcionar as melhores oportunidades aos filhos, os pais têm exagerado na quantidade de atividades, esquecendo que criança precisa brincar e se exercitar. “O movimento faz parte da natureza infantil”, afirma Luis Vasquinho, educador físico, pedagogo e mestre em Ciências da Saúde.
Para que a prática esportiva não seja mais uma obrigação a ser somada à agenda de tarefas, é preciso escolher bem a modalidade – e respeitar a opinião da criança em primeiro lugar. “Nos grandes centros urbanos, em função da redução dos espaços, a atividade física geralmente vira exercício orientado e sistematizado. A criança precisa, no entanto, de práticas espontâneas e prazerosas, jogos e brincadeiras que não envolvam tantas obrigações e competição.” Para este tipo de atividade, garante o especialista, não há limite – pode ser todo dia.
Mas como agir quando a própria criança se encanta por um esporte e quer treinar cada vez mais, a ponto de deixar os estudos em segundo plano? Nesse caso, aconselha Vasquinho, os adultos precisam interferir. “Nas aulas de futebol ou natação, por exemplo, os alunos são expostos a uma série de exercícios repetitivos para adquirir e aprimorar habilidades específicas. Essas exigências geram estresse e devem ser dosadas.” O desempenho na escola, ele afirma, costuma ser um bom termômetro – enquanto o rendimento for bom, sinal de que não há sobrecarga. “Se a prática de esporte for um prazer, a criança pode continuar se movimentando sem risco.”
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