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Como diminuir o tempo de tablet da criança “viciada” em eletrônicos?

A tecnologia faz parte das nossas vidas e seus filhos não devem ser totalmente privados dela, mas é necessário estabelecer limites.

Por Raquel Drehmer
Atualizado em 15 jan 2020, 14h33 - Publicado em 19 jun 2019, 23h55
 (Jaromir Chalabala / EyeEm/Getty Images)
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Aparelhos eletrônicos fazem parte da nossa realidade e inevitavelmente serão muito utilizados pelas crianças de hoje quando elas forem adultas. Por isso, educação de informática é importante; pensar em afastar os pequenos completamente das tecnologias digitais não é exatamente uma boa ideia.

Mas, especialmente na primeira infância, esse contato deve ter limite. É determinando o tempo de contato com os aparelhos desde cedo que se evita que a criança fique viciada em tablets e smartphones e seja do tipo que fica vidrada na tela em casa, quando sai com a família, em festinhas, em todo lugar.

A Associação Americana de Pediatria recomenda o seguinte:

– Até os 18 meses: os bebês simplesmente não devem ser expostos às telas (exceto para fazer vídeo-chamadas com parentes e amigos dos pais);

– Entre 18 a 24 meses: os pais podem começar a introduzir eletrônicos na vidinha dos bebês, desde que por um período inferior a uma hora por dia;

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– Dos 2 aos 5 anos: uma hora por dia no máximo, de preferência quebrada em três períodos de 20 minutos;

– Dos 6 anos em diante: cabe aos pais monitorar quantas horas os filhos usam tablets e smartphones, observando sempre se isso não afeta os estudos, a sociabilização e o sono (é importante se afastar de todo tipo de tela pelo menos uma hora antes de ir dormir).

Meu filho está viciado em tablet. E agora?

Bem, se a situação de vício já é uma realidade, vamos colocar a mão na massa para reverter esse quadro. Conversamos com a pedagoga Jacqueline Martins de Moraes, diretora pedagógica da Escola Ciranda (Campinas-SP), e com a psicopedagoga Michelli Miguel de Freitas, diretora do IEAC (Instituto de Educação e Análise do Comportamento), que nos deram dicas para ajudar mães e pais nesse momento

– Diminua o tempo de tablet aos poucos: Não adianta querer baixar o tempo de uma vez (de cinco horas para uma hora por dia, por exemplo). As especialistas sugerem que os pais tirem de 15 a 30 minutos por semana até chegar ao tempo que considerarem ideal.

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– Dê atividades para a criança fazer no tempo sem tablet: Pode ser levá-la para a cozinha para ajudar a preparar uma refeição, brincar com jogos de montar ou com livros legais (pop-up, interativos), soltar a criatividade com massinha. É difícil querer que uma criança até outro dia acostumada a ter a cabeça ocupada pelas atrações do tablet fique quietinha quando estiver sem ele.

– Acompanhe as atividades com a criança: Eis uma ótima oportunidade para reforçar laços afetivos. Leia junto, monte os brinquedos com ela, cozinhem juntos. Será super legal!

– Não troque tempo de tablet por presentes: Usar presentes como moeda de troca nunca é uma boa ideia; a criança precisa entender que a diminuição de tempo de tela é para o bem dela e curtir as atividades substitutas, não um presente.

– Seja forte: As crianças são boas negociadoras e boas de birra também. Pode ser que seu filho ou sua filha brigue, chore, reclame, se feche magoado em um cantinho, diga que não gosta de você. Respire fundo, lembre que isso é da boca para fora (você é amada, sim!) e explique quantas vezes forem necessárias que essa mudança de rotina é para o bem dele ou dela e da família.

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– Seja exemplo: Fique longe de seu smartphone ou de seu tablet no período em que a criança não estiver usando o dela. Filhos aprendem mais pelo exemplo do que pelas palavras, e é no mínimo confuso ver a mãe usando o que acabou de proibir que eles usem.

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