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Cli Le Shalom: conheça a técnica de harmonização de ambientes

Inspirada na tradição cabalística, uma nova técnica de harmonização de ambientes, Cli Le Shalom, ensina como manter a energia de sua casa em alta, atraindo amor, saúde e prosperidade para você e sua família.

Por Déborah de Paula Souza
Atualizado em 22 out 2016, 14h13 - Publicado em 6 fev 2015, 06h27

A casa é o termômetro da vida e do cotidiano de seus moradores. O fluxo de energia que circula nela está sempre conectado à dinâmica de quem vive ou trabalha ali. Esses são os pressupostos do Cli Le Shalom, nova técnica de harmonização de ambientes baseada na cabala, criada pela consultora Sandra Strauss, do Rio de Janeiro. Formada em engenharia biotecnológica e professora do Centro Cultural Midrash (entidade que difunde a cultura hebraica), Sandra é especialista na chamada “medicina da casa” desde o ano 2000. Depois de estudar o feng shui (prática chinesa para equilibrar ambientes) e a radiestesia (pesquisa de radiação e detecção de centros eletromagnéticos realizada com pêndulos), definiu a nova técnica graças aos seus conhecimentos de cabala judaica.

De acordo com a consultora, a palavra cabala significa receber. Para receber, porém – seja uma informação, a luz do sol ou uma visita -, é preciso criar um espaço apropriado. Na tradução literal, Cli Le Shalom significa “recipiente para a plenitude” – e o recipiente é a nossa casa. Sandra explica que o significado mais conhecido da palavra shalom é paz, mas em hebraico o termo tem a mesma raiz etimológica de “pagar” e “completar”. “A paz e a plenitude reinam quando não há dívidas”, explica. Ela não se refere apenas às questões monetárias. “Uma promessa não cumprida, por exemplo, é uma dívida que trava o relacionamento. Tanto o credor quanto o devedor sofrem nessa situação, e isso afeta o ambiente.”

Duas coisas são fundamentais para compreendermos como funciona a cabala da casa: o poder dos símbolos e a dinâmica dos fluxos de energia. Sandra considera que os símbolos operam na fronteira, fazendo a ponte entre o mundo visível e invisível, entre consciência e inconsciência. Sua técnica usa a simbologia da Árvore da Vida, um diagrama cabalístico, e das letras sagradas. Já o fluxo energético é sempre dinâmico e combina várias forças e influências. Tais forças podem ser de ordem material, como a energia elétrica e o encanamento, ou imaterial, como a energia emocional e espiritual.

A casa é o recipiente que capta energia do solo, dos dutos de água e do sol. Também reflete o modo de vida de seus moradores e a intrincada arquitetura dos relacionamentos. Nossa moradia pode ser um refúgio vital, mas também pode adoecer e deteriorar. A técnica Cli Le Shalom propõe diagnósticos e curas, mas Sandra também aconselha a manter a casa em ordem, doar ou jogar fora o que não tem mais u e consertar o que está quebrado: a bagunça impede que você encontre suas coisas, e peças inúteis só atravancam o ambiente. Mas tenha bom senso: a obsessão por limpeza e organização é sinal de rigidez e também afeta as relações.

Diferentemente do feng shui, o Cli Le Shalom não interfere demais na arquitetura ou decoração de uma casa. Embora faça algumas sugestões práticas (indicando o local favorável para pôr um vaso, por exemplo), a principal ferramenta é a colocação estratégica de selos com as letras sagradas do hebraico. Segundo Sandra, esses símbolos protegem a casa e vibram de modo a despertar nossa consciência e atrair prosperidade (veja quadro na última página desta reportagem).

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Caminhos abertos

O diagrama Árvore da Vida consiste em dez esferas (em hebraico, sephiroth ou sefira, no singular) interligadas por 22 caminhos. Embora para explicá-la seja necessário dividi-la em partes, jamais se deve perder de vista a ligação entre elas e sua dinâmica. A árvore é viva e as sephiroth são consideradas emanações da luz ou da essência universal. Algumas são associadas a outros símbolos (como planetas, anjos, sistemas do corpo humano, virtudes etc.). As três esferas do topo são mais abstratas; a partir da quarta, a energia vai se adensando e inclui a criação e o mundo das formas, até chegar à última, Malchut, o reino da matéria.

Para aplicar a sabedoria da árvore, confira os significados do diagrama, sua relação com os pontos cardeais, os quatro elementos, o corpo humano. E lembre-se de que cada esfera, em desequilíbrio, tem também a sua sombra. Por exemplo: se seu atributo é a sabedoria, a sombra é a ignorância; se o atributo é a generosidade, a sombra é o egoísmo, e assim por diante.

1. Keter

Leste, o lugar onde nasce o sol. É a esfera da nutrição. Atributos: certeza, espiritualidade, consciência. Associa-se ao sistema respiratório e ao elemento ar. Se Keter cair num local pouco arejado, por exemplo, coloque o selo da saúde ali.

2. Chochmá

Sudeste. Esfera da sabedoria e da prosperidade. Atributo: intuição. Associa-se à medula óssea e ao elemento água. Um bom local para se colocar uma fonte.

3. Biná

Nordeste. Esfera do entendimento e da família. Atributos: conhecimento, inteligência, pensamento analítico. Associa-se ao sangue e ao elemento fogo.

4. Chessed

Sul. Esfera da generosidade e do sucesso. Atributos: amabilidade e partilha. A noção de como estamos ligados ao coletivo se ilumina aqui. Associa-se ao esqueleto.

5. Gevurá

Norte. Esfera da disciplina e do trabalho. Atributos: força, poder. O fluxo energético ganha impulso aqui; então, é importante manter a ordem. A bagunça nessa esfera prejudica o fluxo em toda a árvore. Associa-se aos vasos sanguíneos.

6. Tiféret

Centro da casa, esfera da beleza, do equilíbrio e da saúde. Aqui, é bom colocar algo vivo, como um peixinho ou vaso com plantas amarelas, já que essa sefira é associada também ao Sol. Representa o sistema muscular.

7. Netzach

Sudoeste. É o canto do relacionamento e da vitória. As relações – amorosas, profissionais, familiares – têm a ver com essa esfera. Sua virtude é a permanência. Ter uma rachadura ou um vazamento no local representado por Netzach exige, além de conserto, uma reflexão íntima. Nesse caso, é necessário reavaliar atitudes e acontecimentos e, se for o caso, definir novas condutas. Associa-se ao sistema endócrino.

8. Hod

Noroeste. É a esfera dos amigos; seu atributo é o refinamento e o agradecimento. Associa-se ao sistema imunológico. Observe: na árvore da vida, está bem alinhada com a esfera das relações.

9. Yessod

Centro-oeste. É a esfera dos pactos e dos propósitos. Associada ao sistema reprodutor, essa sefira está para a casa assim como os genitais estão para o corpo: é um portal que deve ser protegido, pois muitas interferências penetram por aqui.

10. Malchut

Oeste. É o nosso reino físico, esfera das concretizações e da administração. Representa o mundo material, associando-se ao sistema digestivo e à Terra.

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