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Café com memória

A segunda bebida mais consumida do Brasil (só perde para a água) pode trazer boas lembranças, despertar sentimentos e proporcionar pequenas loucuras

Por Abril Branded Content
Atualizado em 23 jul 2018, 11h30 - Publicado em 23 jul 2018, 11h30

Para uns, tomar um café é hábito, para outros, uma forma de socializar ou de começar o dia cheio de energia, e há aqueles que têm uma verdadeira história de amor com a bebida. Basta sentir aquele cheirinho gostoso e fechar os olhos para ser transportado para algum lugar especial, onde a felicidade se manifesta em uma xícara de café. O Brasil, um dos maiores consumidores e produtores do mundo, está cheio desses apaixonados. A seguir, conheça algumas dessas histórias de amor.

(Mariana Salimena/Abril)

De volta para o passado

“Fui criado em Junqueirópolis (SP), na casa de tios que tinham uma máquina de beneficiamento de café. Me lembro perfeitamente de ver os caminhões chegando da fazenda com as sacas e os grãos sendo torrados, moídos e embalados no quintal da minha casa. Sentia aquele cheiro maravilhoso 24 horas por dia! Toda a minha infância foi baseada na cultura do café. Além do contato direto com o meu tio, meus avós, tanto do lado paterno quanto do materno, tiveram pequenas propriedades com plantios de café e cuidaram da família com o lucro da venda das sacas. O que hoje é a minha bebida preferida, por um bom tempo foi um instrumento de subsistência da minha família. Um dia, conversando com outro tio, ele me contou que um parente dele trabalhou na Bolsa de Café de Santos. Isso me despertou uma curiosidade enorme, até porque sou jornalista e sempre tenho vontade de conhecer de perto as histórias bacanas que escuto. Fiquei anos com isso na cabeça. Até que, em 2016, fui visitar uma tia que mora na cidade. Ela me levou ao local onde antes era a Bolsa do Café e agora funciona o Museu do Café. Entrar naquele prédio imponente foi uma emoção muito forte, relembrei de toda a minha infância na cidade pequena e vi uma réplica da máquina de beneficiamento que tinha em casa. Fiquei muito impressionado com a estrutura também. Passei uma tarde intensa de conhecimento, tirei muitas fotos e, claro, tomei um café maravilhoso. Realizei um sonho de criança! Voltei ao Museu no ano seguinte e pretendo voltar várias vezes. Aquele lugar representa um pedaço da minha história.”

Rogério Potinatti, 37 anos, jornalista de Três Lagoas, MS

(Mariana Salimena/Abril)

Uma xícara de amor

“O cheiro do café me conforta, me dá uma sensação boa de acolhimento, mesmo que eu esteja fora de casa. Quando era criança, minha avó torrava café em um fogão de lenha no quintal da casa dela. Eu adorava ficar por perto, disputando com meus primos quem iria girar o moinho para moer os grãos. A gente podia brincar perto do fogo, mas éramos proibidos de tomar banho ou beber água gelada em seguida para não dar choque térmico. Crendices de vó! Naquela época eu ainda não conhecia o sabor, e café para mim era sinônimo de travessura de criança. Minha avó já faleceu e aquele moinho não existe mais, mas nunca me esqueci do cheiro e das “proibições” que o café trazia. Quando cresci, desenvolvi um hábito: adoro café, mas nunca tomo o que eu faço, café bom tem que ser feito por outra pessoa! Meus amigos já conhecem essa mania, que no fundo é uma forma de socializar, e sempre sou recebida com uma xícara na casa deles. Pode ser fraco, forte, caro, barato, quente ou frio, nunca recuso um convite que inclua café. A minha cidade é bem pequena, tem 3 mil habitantes e nenhuma cafeteria. Mas o interior também tem suas vantagens: as padarias daqui têm o costume de deixar uma garrafa de café coado como cortesia. Muitas vezes, a caminho do trabalho ou da academia, paro em uma padaria só para tomar uma xícara da bebida. Quando viajamos, meu marido também sempre me leva a cafeterias para me agradar. Ele não liga muito, mas sabe que é um dos lugares que mais gosto de estar. Recentemente ele foi passar uma temporada de um ano no Japão. Na nossa despedida, fez uma surpresa e me levou a uma cafeteria em Lins, cidade vizinha à minha, e ficamos por lá umas duas horas namorando e tomando café. Ele sabia que aquele era um programa romântico para mim, mais do que ganhar flores ou jantar fora, e queria que eu ficasse com aquela lembrança dele. Hoje estou morrendo de saudade e cheiro de café, que antes tinha sinônimo de travessuras, agora também tem cheiro de amor.”

Regiane Fujimoto, 32 anos, assessora de comunicação de Pongaí, SP

(Mariana Salimena/Abril)

A moça do café

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“Venho de uma família italiana que adora se reunir na cozinha e o café sempre fez parte dos nossos encontros. Quando comecei a viajar, passei também a descobrir outros sabores. Aprendi a selecionar, a entender as diferenças entre as máquinas e os tipos de café e eliminei o açúcar para sentir o gosto real da bebida. O café e eu tínhamos uma relação maravilhosa, até que em 2005 fui passar uma temporada de três anos e meio em Londres. Adorava meu trabalho, meus amigos e minha vida londrina, mas detestava os cafés ingleses. Minha sorte começou a mudar quando descobri que na cafeteria de uma das lojas mais chiques (e caras) da cidade eles ofereciam um café da Bahia. Naquela altura, a saudade de casa batia forte e não tive dúvidas: sentei e pedi um café. Lembro como se fosse hoje: ele custava 20 libras e eu ganhava pouco mais de 5 libras por hora. Ou seja, trabalhei quase 4 horas por uma xícara de café. Uma loucura! Mas valeu a pena. Contei minha história para a atendente, que por coincidência também era brasileira, e ela me apresentou umas amigas que vendiam nosso café a um preço acessível para estudantes como eu. Elas moravam em outro bairro e eu pedalava até lá para buscar meu saquinho. Espalhei a notícia de que havia café do Brasil e logo comecei a receber encomendas. Quem conhece Londres sabe o quão corrida é a vida por lá e muita gente não tinha tempo para fazer esse percurso todo ou bater perna pelos mercados em busca de café brasileiro. Virei a moça do café! Comprei uma prensa francesa e variava a forma de fazer ou a intensidade da bebida, mas sempre usava os grãos da minha terrinha. Mesmo à distância, o Brasil estava sempre comigo! Confesso que sou coffee addict, para mim uma refeição não termina sem a bebida e minha sobremesa preferida é tiramisu. Faço questão de passar esse amor para todos à minha volta. Meu filho tem 3 anos e meio e já toma café com leite pela manhã. Claro que a dose é bem pequena, mas prefiro dar café a chocolate. Além de ser mais natural, sei que ele vai ter boas lembranças no futuro.”

Andreia Fuzinelli, 45 anos, chef de cozinha de São José do Rio Preto, SP

Para ser bom, tem que ter o Selo de Qualidade ABIC

Se você é uma das pessoas que não vivem sem um café, saiba que para desfrutar de todo seu frescor, aroma e sabor, é importante verificar se na embalagem do produto há o selo de qualidade ABIC. Fundada há 45 anos, a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) avalia e certifica os produtos à venda no Brasil, com foco na Pureza, na Qualidade e na Sustentabilidade do café. É esse selo que assegura a qualidade do produto final por meio de uma metodologia de análise sensorial que avalia a percepção dos aromas da bebida e seu grau de intensidade, bem como os sabores característicos e o amargor. Somente depois de serem provados e aprovados por especialistas, são classificados em uma escala que qualifica o produto nas categorias Extraforte, Tradicional, Superior e Gourmet.

Turbine a memória com café

Para quem é fã da bebida, não precisa muita justificativa para pegar uma xícara, mas é sempre bom saber que o café também pode ser um aliado da sua saúde. Uma pesquisa da Universidade Johns Hopkins, dos EUA, testou a memória de 160 voluntários e concluiu que duas xícaras diárias de café podem trazer ótimos benefícios para a memória. No experimento, os participantes olharam para imagens de objetos. Em seguida, metade do grupo tomou uma pílula com 200 miligramas de cafeína (equivalente a dois expressos) e a outra metade tomou um placebo sem cafeína. Depois de 24 horas, a memória deles foi testada. Os voluntários que tomaram cápsulas de cafeína perceberam pequenas diferenças nas imagens que já tinham sido esquecidas pelos outros participantes. O neurocientista Michael Yassa, líder do estudo, concluiu que a cafeína tem efeito positivo na memória de longo prazo, tornando-a mais resistente ao esquecimento.

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