Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Brasil está longe de oferecer igualdade de gêneros, mostra estudo

De acordo com avaliação do Fórum Econômico Mundial, o país caiu nove posições do ano passado para cá no ranking global de igualdade de gêneros, ocupando o 71º lugar.

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 31 out 2016, 11h31 - Publicado em 28 out 2014, 22h00
Alessandra Campos
Alessandra Campos (/)
Continua após publicidade

Foto: Getty Images

O ranking anual produzido pelo Fórum Econômico Mundial, que avalia as oportunidades para homens e mulheres em 142 países do mundo, colocou o Brasil na 71ª posição – nove abaixo da classificação de 2013, quando ocupava o 62º lugar. A organização avaliou as diferenças entre os gêneros – em pontos como salário e oportunidades – nas áreas saúde, educação, economia e política, classificando-as em índices de 0 (maior desigualdade) a 1 (menor desigualdade). Para isso, foram observadas quatro variáveis: participação econômica e oportunidades (inclui salário e liderança); desempenho educacional (acesso aos níveis básico e superior de educação); saúde (expectativa de vida e taxa de natalidade por sexo) e “empoderamento” político (representação de homens e mulheres nas instituições nacionais decisivas).
 
O Brasil perdeu posições especialmente nos índices que calculam a participação feminina na economia e na política nacional. Isso mostra que a atuação das mulheres na política deixa o Brasil no 74º lugar. E ainda, se levado em conta apenas os cargos parlamentares, o país cai para o fim da tabela, ocupando a 123ª posição – apenas 9,5% dos representantes no Congresso em Brasília são mulheres.
 
“Mas deve-se lembrar que antigamente as mulheres participavam da política por questões de ligação patriarcal. Hoje, elas se envolvem porque querem, têm interesse”, ressalta a socióloga e historiadora Rosana Schwartz, professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
 
Já a questão de salários e oportunidades no mercado de trabalho foi a mais desigual, coloca o país no 81º lugar. O que significa que a atuação feminina em cargos de liderança é quase metade da masculina. Mas, os especialistas afirmaram que nenhum país no mundo alcançou a “plena igualdade de gênero”. 
 
As cinco primeiras posições do ranking são ocupadas por países nórdicos: Islândia é o país com mais igualdade. De acordo com o relatório, vai levar 81 anos para a diferença de gênero em todo o mundo ser superada, se o progresso mantiver o ritmo atual. “O relatório continua a destacar a forte correlação entre a diferença de gênero de um país e seu desempenho econômico”, escreveram eles”.
 
“O ponto chave é que nossa sociedade aboliu a escravidão muito tardiamente, então tivemos aquele modo de elite oligarquica patriarcal por muito tempo. Estamos sim atrasados. Ainda temos problema com equidade de gêneros, as mulheres não têm o mesmo salário que os homens nas empresas – mesmo com isso na Constituição. Se uma mulher vai parar em um posto de trabalho onde tem uma rotina exaustiva e ainda não recebe o mesmo que o colega do sexo masculino, há desestímulo”, afirma Rosana. 

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

a partir de 10,99/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.