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Bolsonaro afirma que indicará ministro “terrivelmente evangélico” para STF

O problema não é a religião do presidente em si, mas o uso dela para dificultar os direitos às minorias.

Por Alice Arnoldi
Atualizado em 15 jan 2020, 13h27 - Publicado em 10 jul 2019, 11h17
RIO DE JANEIRO, BRAZIL - JULY 07: President of Brazil Jair Bolsonaro celebrates after winning the Copa America Brazil 2019 Final match between Brazil and Peru at Maracana Stadium on July 07, 2019 in Rio de Janeiro, Brazil. (Photo by Lucas Uebel/Getty Images) (Lucas Uebel / Stringer/Getty Images)
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Em véspera de votação da Reforma da Previdência, Jair Bolsonaro participou de um culto evangélico na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (10). O atual presidente afirmou que indicará um ministro “terrivelmente evangélico” para uma das duas vagas que ele terá direito de recomendação dentro do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Muitos tentam nos deixar de lado dizendo que o estado é laico. O estado é laico, mas nós somos cristãos. Ou para plagiar a minha querida Damares: ‘Nós somos terrivelmente cristãos’. E esse espírito deve estar presente em todos os poderes. Por isso, o meu compromisso: poderei indicar dois ministros para o Supremo Tribunal Federal. Um deles será terrivelmente evangélico”, enfatizou Bolsonaro em um discurso para quem estava presente no local. 

Esse tipo de fala é problemática não pela religião do presidente em si, pois liberdade significa exatamente poder escolher o que quiser seguir mesmo sendo uma figura política. Mas há uma adversidade quando a crença é usada como justificativa para diminuir o direito dados às minorias já prejudicadas socialmente. Foi isso que aconteceu no começo de junho, quando o STF determinou que a homofobia e transfobia seriam crimes e Bolsonaro usou o fato de ser cristão como uma brecha para ir contra o grande passo dado a favor dos LGBTs.

“O Estado é laico, mas somos cristãos. Respeitamos a maioria e minoria, mas o Brasil é um País cristão. Com todo respeito, o Supremo Tribunal Federal tipificou a homofobia como se racismo fosse. Será que não está na hora de um evangélico no Supremo?”, indagou o presidente, segundo o Estadão

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