As notas do seu filho andam ruins?
Descubra se seu filho vai mal na escola por preguiça ou dificuldade de aprendizado e ajude-o a melhorar
Ajude seu filho a evitar a recuperação!
Foto: Getty Images
Se as notas do seu filho andam ruins é preciso entender o que pode estar acontecendo antes de concluir que ele tem preguiça de estudar e pronto. “O mau desempenho pode ser causado por um ou mais fatores combinados”, diz o educador João Luiz Muzinatti. Veja como identificar o problema e aprenda a solucioná-lo com eficiência e serenidade.
Quando o problema é desinteresse
Segundo Muzinatti, a maioria dos alunos que começa a ir mal nos estudos não sofre de nenhum distúrbio de aprendizagem. O próprio ensino pode ser o vilão. É que a criança pequena, durante os anos em que frequenta o ensino infantil, quase sempre adora o ambiente escolar porque canta, dança, desenha e brinca. Quando vai para o 1º ano, tudo muda. “O aluno passa a aprender coisas complexas e a ser cobrado. Nessa hora, a escola deveria ser um lugar que atrai o interesse dos alunos, mas não é o que acontece”, diz o especialista. Resumindo: frequentar as aulas vira uma chatice e estudar torna-se um fardo para o aluno.
Solução: tornar o estudo prazeroso!
Já que não dá para mudar o jeito de ensinar das escolas, você precisa tentar resolver a falta de interesse de outra maneira. Uma solução radical seria trocar seu filho de colégio, mas isso não garante que tudo será diferente. O melhor mesmo é aproximar-se mais da criança, ser solidária a ela e acompanhar de perto o seu dia a dia. “O papel da família não é apenas o de perguntar se o filho tirou notas boas. Os pais devem interessar-se pelo conteúdo dado em sala e incentivar a criança. Ao demonstrar curiosidade por aquilo que ela estuda, passamos a mensagem de que aprender é maravilhoso”, opina Muzinatti.
Quando o problema é um distúrbio de aprendizagem
Aguns distúrbios podem prejudicar a vida da criança na escola. É o caso da dislexia, que leva o aluno a ter dificuldade para ler e escrever. Outro problema, o transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), atinge cerca de 5% das crianças em idade escolar e faz com que o portador fique agitado e não consiga se concentrar. “Há, ainda, a discalculia, distúrbio neuropsicológico em que a pessoa não consegue trabalhar com os símbolos matemáticos”, completa o professor.
Solução: ficar atenta e buscar ajuda!
Se você desconfiar de que seu filho sofre de algum transtorno de aprendizagem, procure conversar com os professores dele, o coordenador pedagógico ou até o diretor da escola. “O colégio deve indicar um profissional competente que possa fazer o diagnóstico”, orienta Muzinatti.
O especialista pode ser um psicopedagogo, um psicólogo, um psiquiatra infantil ou, dependendo do caso, até um fonoaudiólogo. Se for detectada alguma dificuldade específica, você pode exigir que a escola dirija um olhar diferenciado ao seu filho. Talvez a criança precise que o professor dedique alguma atenção especial a ele durante a aula ou dê um tempo maior para fazer as provas. O importante é observá-lo.
Desperte o interesse do seu filho pelos estudos!
· Ajude seu filho a descobrir o prazer de aprender coisas novas. Quando ele tiver uma pesquisa para entregar, mergulhe com ele no assunto e interesse-se de verdade pelo tema. Seu entusiasmo vai contagiá-lo!
· O pequeno tem dificuldade em guardar o conteúdo que a professora deu no dia? Durante o jantar, peça para ele relatar o que aprendeu na sala de aula. Dessa forma, ele exercitará a memória e fará a revisão da matéria, sem nem perceber! E mais: ele ainda se sentirá importante ao ser ouvido por toda a família.
· Quando chegar do trabalho, peça para dar uma olhada nos cadernos e na lição de casa da criança. Ensine que o melhor é manter tudo sempre em dia.
Esta reportagem faz parte do Projeto Educar Para Crescer. Saiba mais em www.educarparacrescer.com.br