Argentinas protestam pelo uso de “topless” nas praias do país
Mulheres organizaram um "tetazo" para protestar pelo direito ao banho "topless" no país.
Desde os protestos pelo “Nenhuma a menos” que agitaram a Argentina nos últimos tempos, esta é a primeira notícia de um protesto de mulheres no país: na terça-feira (7), centenas foram às ruas para exigir o direito ao “topless” nas praias do país.
A manifestação veio em resposta a um incidente em Necochea, praia perto de Buenos Aires, na semana passada. Na ocasião, três mulheres chegaram a ser ameaçadas de prisão e foram aconselhadas a deixar a praia pela polícia, após serem encontradas sem a parte de cima do biquíni.
De acordo com o jornal britânico The Guardian, no entanto, é incerto se a própria lei argentina permite ou não o “topless”. Em Necochea, a polícia mencionou a proibição a “demonstrações obscenas” para justificar a atitude tomada. Desde então, um juíz já chegou a considerar que fazer “topless” não é crime.
O “tetazo“, (“tetaço”, em tradução livre) foi organizado para exigir que as mulheres tenham os mesmos direitos dos homens, inclusive na praia. Seu lema era “os únicos peitos que os incomodam são os que não estão à venda”. O protesto atraiu muitos “espectadores” homens – que as próprias manifestantes procuraram afastar.
“Em muitos lugares, quando uma mulher denuncia violência de gênero, ninguém te ouve”, conta a fotógrafa Grace Prounesti Piquet em entrevista ao Guardian. “Mas, quando uma mulher mostra seus peitos, eles enviam vários policiais. O peito não é um crime”.
“Meu corpo não é uma contravenção“.
“Soberania sobre nosso corpo“.