Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Após polêmica, aluno gay é excluído de peça escolar no Recife

Davi Moraes, de 16 anos, deveria interpretar um jovem com sífilis.

Por Giovana Feix
Atualizado em 21 jan 2020, 04h28 - Publicado em 28 set 2016, 13h23
Kengo-Matsuura/Thinkstock/Getty Images (/)
Continua após publicidade

Uma peça de teatro escolar em Jaboatão dos Guararapes, na região metropolitana do Recife, em Pernambuco, deu o que falar na última semana. Davi Moraes, aluno homossexual de 16 anos, alega ter sido censurado pelos professores e organizadores da apresentação, cujo objetivo era a conscientização sobre vários tipos de doenças sexualmente transmissíveis.

O personagem do garoto no roteiro, Rafael, teria se curado de sífilis e integraria, na história, um grupo de pessoas com DSTs. Em determinado momento da peça, ele deveria mencionar explicitamente ter mantido relações sexuais desprotegidas com um homem. A fala sugerida era: “Boa noite, meu nome é Rafael, contraí sífilis há mais ou menos um ano, quando tive relações sem proteção com uma pessoa (…)”.

O “problema” começou quando, em vez de “pessoa”, Davi optou terminar a fala em questão com “tive relações sem proteção com um rapaz”.

Reprodução Diário de Pernambuco
Reprodução Diário de Pernambuco ()

Segundo nota compartilhada pelo Colégio Souza Leão com o jornal Diário de Pernambuco, “as alterações formuladas para denotar uma posição homossexual ao personagem poderiam levantar um estereótipo de que as doenças abordadas estariam associadas a determinada opção sexual, focando a temática na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis”. Por isso, um dia antes da apresentação, o jovem recebeu um ultimato: deveria modificar sua fala.

Continua após a publicidade

Davi acabou sendo retirado da peça e, nas redes sociais, não hesitou em mostrar indignação. De acordo com o jovem, uma de suas professoras chegou a lhe dizer que, “se quiser aparecer, que balance uma bandeira gay por aí”.

Reprodução Diário de Pernambuco
Reprodução Diário de Pernambuco ()

“Depois que me proibiram, eu liguei para meus avós, que foram no colégio e questionaram. Quando eu estava indo para casa, a professora me ligou, perguntando se eu não queria continuar. Mas eu não quis”, conta o jovem ao jornal. “Não levaram em consideração o que eu queria, me cortaram, foram totalmente inflexíveis – e depois pedem que eu volte, no mesmo dia, por causa da reação da minha família”.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

a partir de 10,99/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.