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Amamentação: o que fazer para realmente aumentar a produção de leite

O segredo está no próprio corpo. Não é preciso – nem seguro – apelar para bebidas alcoólicas e remédios sem prescrição médica.

Por Raquel Drehmer
Atualizado em 15 jan 2020, 11h53 - Publicado em 7 ago 2019, 23h36

Uma das maiores inseguranças de toda mãe recente que amamenta é em relação à quantidade de leite produzido. “Será que é suficiente para o bebê?”, “E se for pouco e ele/ela não estiver bem nutrido?” são algumas das perguntas que mais giram na cabeça das lactantes. E, mesmo que as curvas de peso e comprimento do bebê estejam dentro do esperado pelos pediatras, em algum momento virá a vontade de aumentar a produção de leite.

Aí pode nascer um grande problema: influenciadas por palpites de mães amigas ou até de desconhecidas, muitas acabam apelando para métodos nada recomendados, como tomar bebidas alcoólicas (a velha história de que a cerveja preta aumenta a produção de leite é mito e pode prejudicar o bebê, pois ele ingerirá álcool pelo leite) ou medicamentos que tenham outros fins – como antidepressivos – sem receita médica (as reações adversas podem ir de uma alergia a problemas no sistema neurológico).

Pois saibam que, além de perigoso, isso é desnecessário. Amamentar é um ato natural e o segredo para ter bastante leite está no próprio corpo; basta ajustar a técnica e cuidar da alimentação e da cabeça para garantir o suficiente. Especialistas dão, a seguir, sete dicas para realmente aumentar a produção de seu leite sem riscos para sua saúde ou a de seu bebê.

Dormir bem

Sabemos que a maioria dos bebês acorda durante a madrugada para mamar ou por causa de incômodos como fralda cheia e cólica. Também entendemos que isso pode interromper seu sono. Mas o pico da ação da prolactina, o hormônio que estimula as glândulas mamárias a produzirem leite, é durante a madrugada E com o corpo em estado de descanso.

Então, peça a ajuda do mozão ou da mozona, da sua mãe, irmã, tia, melhor amiga para cuidar do bebê quando o assunto não for relacionado a mamar e durma o máximo que puder à noite. Você terá muito mais leite no dia seguinte.

Fazer a pega correta

Um erro comum no começo da amamentação é o bebê mamar só pelos bicos dos seios e não sugar todo o leite. O organismo entende que existe sobra e ajusta a produção de leite para baixo, para evitar desperdício e mesmo o ingurgitamento das mamas da mulher.

Para que o bebê mame tudo, é preciso que a pega esteja correta: boquinha bem aberta, com os lábios viradinhos para fora, abocanhando mamilos e aréolas, queixo encostado no seio. O corpo deve ficar em uma posição com barriga e tronco voltados para a mãe. Ele beberá todo o leite e o organismo produzirá em maior quantidade.

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Se você tiver dificuldade, procure ajuda em um Banco de Leite. O serviço é gratuito e as profissionais são ótimas!

Amamentar em livre demanda

Sem essa de hora marcada para as mamadas; quando o bebê sentir fome, coloque-o no peito. É a amamentação em livre demanda. Assim, o organismo entenderá que precisa manter a produção de leite em alta, pois o bebê pode querer mamar a qualquer momento.

Esvaziar as mamas ao final de cada mamada

Pode ser que o bebê tenha mamado tudo, e aí é excelente. Mas pode ser que tenha sobrado um pouquinho, e não queremos que o organismo entenda que pode produzir menos, lembra? Então, sempre que acabar uma mamada, esvazie as mamas com as mãos ou com uma bombinha. A produção de leite será estimulada, pois seu corpo sabe que um bebê depende de você e suas mamas não podem ficar vazias.

Você pode congelar esse leite para usar depois ou doá-lo ao Banco de Leite mais próximo.

Hidratar-se o dia todo

Quanto mais líquidos você beber, mais “matéria-prima” para a produção de leite terá. Pode ser água, chá, leite e até uma xícara de café por dia (mais que isso pode deixar o bebê estressado e desequilibrar o sono do pequeno). Apenas evite as bebidas alcoólicas.

Se precisar, instale um app de lembrete de hidratação no celular. Vale tudo para não ficar desidratada!

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Comer salmão e atum

Isso não vai aumentar diretamente a produção de leite – o efeito é mais sutil.

É que esses são peixes ricos em ômega 3, um ácido graxo poli-insaturado do bem que repõe a gordura que sai do corpo da mãe pelo leite, mantendo a energia da mulher em dia. E, com a energia em dia, é mais fácil dar conta de tudo que um bebê exige e evitar o estresse. O que nos leva ao próximo item.

Evitar ficar estressada

O aumento dos níveis de cortisol, hormônio estimulado pelo estresse, inibe a produção de prolactina, anulando um pouco o efeito da noite bem dormida de que falamos lá no começo. Também prejudica a ação da ocitocina, hormônio que auxilia na contração dos músculos dos seios para o leite chegar aos mamilos. Ficar estressada o tempo todo, portanto, pode prejudicar a amamentação.

De novo: sabemos que esses primeiros meses são puxados, mas tente não dar muita atenção a problemas externos e peça a ajuda de sua rede de apoio.

Fontes consultadas: Ana Heloísa Gama (pediatra e fundadora do projeto SOS Mamãe e Cia.), Maria Elisa Noriler (ginecologista e obstetra), Natasha Slhessarenko (pediatra do Laboratório Exame/DASA), Nicolle Ferraz Ferreira (enfermeira e consultora de amamentação) e Sérgio Makabe (ginecologista, obstetra e membro da Comissão Nacional de Aleitamento Materno da FEBRASGO – Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).

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