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A agenda médica da grávida

Tudo que você precisa saber sobre as consultas de pré-natal, os exames que sempre são pedidos (e outros que deveriam ser) e os cuidados especiais que algumas situações de risco exigem

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 28 out 2016, 09h54 - Publicado em 8 mar 2011, 22h00
Cláudia Cunha
Cláudia Cunha (/)
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O acompanhamento médico é necessário para que se descubra se algo na gestação está saindo errado
Foto: Dreamstime

 

Durante os nove meses de gestação, o pré-natal é um compromisso inadiável. A mulher grávida precisa se preparar para ver inúmeras vezes o seu obstetra, ter seu histórico de saúde esquadrinhado por ele e realizar muitos exames. Tanto cuidado às vezes cansa a futura mãe e parece exagerado. Mas não é.

 

Esse acompanhamento minucioso é necessário para que se descubra cedo se algo na gestação ou no desenvolvimento da criança está saindo do roteiro. Se vale a pena investir? Claro. Afinal, hoje, mesmo problemas graves, como pré-eclâmpsia e anemias fetais por incompatibilidade sanguínea, podem ser controlados (e até revertidos) por meio de um pré-natal benfeito. Confira o passo a passo do pré-natal:

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Até a 7ª semana

 

Nas consultas: o médico vai levantar seu histórico de saúde, data da última menstruação, hábitos nutricionais e a presença de doenças crônicas, genéticas e hereditárias na família. Talvez receite suplemento de ácido fólico, que evita anemia na grávida e previne malformações fetais, como defeitos na coluna e lábio leporino.

 

Os exames: ultrassom transvaginal para verificar idade gestacional, número de embriões e eliminar a hipótese de gravidez ectópica (fora do útero); exames de sangue, como hemograma (diagnostica anemia e infecções); glicemia (averigua diabetes); T3, T4 livre e TSH (avalia tireoide); tipagem sanguínea (se a mãe tiver Rh negativo, será preciso verificar se há anticorpos que prejudiquem o bebê); sorologias para HIV 1 e 2, toxoplasmose, rubéola, hepatites B e C, doença de Chagas e citomegaluvírus (causadores de malformações ou transmissíveis ao bebê); urina 1, para rastrear infecções.

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Entre a 11ª e a 14ª semana

 

Nas consultas: as visitas iniciais acontecem a cada mês. Nelas, o obstetra mede a pressão arterial, para descartar qualquer risco de hipertensão ou pré-eclâmpsia, acompanha seu peso, escuta os batimentos cardíacos do bebê, e certifica-se de que a altura uterina está compatível com o estágio da gestação. É hora de tomar a primeira de três doses mensais da vacina antitetânica.

 

Os exames: ultrassom morfológico com transluscência nucal, para rastrear doenças genéticas, como síndrome de Down, e malformações, inclusive cardíacas.

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Na 16ª semana

 

Nas consultas: o médico segue a rotina das consultas anteriores, dedicando uma vigilância maior ao ritmo em que você está ganhando peso. Ele também irá explicar que, dentro de um mês, no máximo, você começará a sentir os movimentos fetais. Entra em cena o suplemento de ferro, que será tomado até o final da gravidez para prevenir anemia na gestante e consequências como parto prematuro e baixo peso do bebê.

 

Os exames: ultrassom morfológico para verificar se a placenta está no lugar certo e saber o sexo da criança. Pode-se pedir a repetição dos exames de sorologia.

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Entre a 20ª e a 24ª semana

 

Nas consultas: a novidade em relação às anteriores é que o obstetra estará particularmente atento à presença de edemas na face, nas mãos e nos pés. Embora um certo inchaço seja normal, especialmente no final do dia, o excesso pode ser indício de pré-eclâmpsia.

 

Os exames: ultrassom morfológico para acompanhar o crescimento do bebê e verificar se os órgãos do pequeno estão bem formados; urina 1, porque as infecções urinárias são comuns e tornam-se causas frequentes de parto prematuro; teste de tolerância à glicose (TTGO), que diagnostica se há sinais de diabetes gestacional.

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Entre a 28ª e a 32ª semana

 

Nas consultas: é um período tranquilo e as consultas mensais seguem a rotina, sem apresentar novidades.

 

Os exames: ultrassom com doppler, para avaliar o fluxo sanguíneo nas veias uterinas, no cordão umbilical e na artéria cerebral do bebê. Mostra também a curva de crescimento do feto, que começa a acelerar agora.


Na 33ª e na 35ª semana

 

Nas consultas: o intervalo entre as consultas diminui para 15 dias, mas a rotina clínica continua igual.

 

Os exames: exame de secreção do colo do útero, para investigar clamídia, micoplasma e estreptococo. Essas bactérias podem romper a bolsa e infectar o bebê.


A partir da 36ª semana

 

Nas consultas: enquanto aguarda a hora do parto, prepare-se para visitar o obstetra toda semana – ou até com mais frequência. A partir desse período o obstetra acrescenta às investigações habituais o exame de toque vaginal para verificar o nível de dilatação.

 

Os exames: nenhum.

 

Fontes: Condesmar Marcondes, ginecologista e obstetra, de Santos (SP); Julio Elito Jr., obstetra, de São Paulo; Mário Burlacchini, especialista em medicina fetal, de São Paulo.

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