
A cabeceira deixou de ser só detalhe na decoração do quarto. Especialmente com a proliferação da cama box, virou uma peça versátil na composição do ambiente. Dá para ousar no material, na cor, no tamanho e na utilidade:
Couro
“Esse material dá ao cômodo um ar rústico, campestre. É perfeito para quartos com bastante madeira”, sugere Luiza Biagi Simões, da 2L Arquitetura, em São Paulo.
A cor faz toda a diferença. Enquanto o marrom reforça a sensação de aconchego e casa bem com tons claros, o preto – que fica ótimo na combinação tradicional com o branco e até com nuances de cinza – deixa o ambiente mais sério e frio. Ambos podem receber acabamentos como o matelassê e o capitonê (franzido marcado por botões). Outras duas variações no mesmo estilo (e mais em conta) são as cabeceiras de camurça ou de tecido sintético que imita couro. Só que a durabilidade é menor.
Madeira
“Dá sensação de amplitude, pois diminui o número de elementos. Além disso, feita sob medida, garante a proporção ideal”, afirma Luiza.
Para escolher o tamanho da cabeceira, avalie o ambiente. Se o quarto for pequeno, prefira uma peça única, que corra de um lado ao outro da parede e tenha criado-mudo acoplado, como nas fotos. Se quiser uma cabeceira discreta, opte por uma com altura máxima de 1,20 metro a partir do chão. Você pode complementar a parede com quadros ou pôsteres.
Mais claro, o pinus dá ar moderno, enquanto o jacarandá funciona melhor em ambientes clássicos.
Tecido
“Evite seguir a tendência do momento na estamparia. Lembre que você vai conviver com o desenho por um bom tempo”, diz a arquiteta Marcella Hecht Loeb, de São Paulo.
Despojado, pode abarcar estampas e tons vivos. Até o jeans e o moletom têm sido usados. A manutenção, porém, deve ser constante, pois suja mais que outros materiais. Portanto, prefira tecidos impermeáveis e passe aspirador com frequência para evitar que o pó grude.
Para personalizar, é necessário um marceneiro e um tapeceiro. Dê as indicações de tamanho, espessura da madeira da base e da espuma. Outro caminho é fazer uma capa na costureira e cobrir a cabeceira já existente – a vantagem é poder tirá-la para lavar.
Fórmica
“Apesar de parecer uma opção fria, a fórmica dá flexibilidade”, explica a arquiteta Marcella. “Há muitas cores e até texturas.”
Outra vantagem é a facilidade de limpeza da superfície, o que a torna ideal para quartos de criança. “Nesse caso, vá de versões coloridas”, diz Marcella. Mais um truque da especialista: faça uma luminária embutida, assim não corre o risco de as crianças derrubarem o abajur. “O painel precisa ser oco e ter pelo menos 5 centímetros de espessura para a fiação ficar escondida. Como o material tem boa durabilidade, pode seguir por muitas fases da decoração. Para não enjoar ou ficar sem personalidade, invista em objetos coloridos, quadros divertidos e lençóis estampados.