5 segredos para ser uma mãe ainda melhor
Ser perfeita não significa fechar os olhos para os erros de seu filho nem ser exigente demais: com equilíbrio, você vai ouvir muito mais "eu te amo"
A mãe perfeita nunca deixa o filho chorar e se dedica integralmente a ele. Dizer “não” está fora do vocabulário dela. Certo? Erradíssimo. Esse é um pecado comum de mães ansiosas para acertar. “Muitas vezes, a criança precisa chorar para depois ser plenamente feliz”, alerta Tânia Zagury, filósofa e autora de Filhos: Manual de Instruções (ed. Record). Veja como é possível ser uma mãe ainda melhor:
1. Demonstre seu amor: “Isso vem em primeiro lugar”, afirma Tania Zagury. A mãe que faz carinho e diz “te amo” educa e prepara melhor o filho para o mundo.
2. Seja justa: os pais ensinam justiça dando exemplo. As regras dentro de casa têm de valer para todos, mas é preciso analisar cada caso. Numa família em que um é bem mais velho do que o outro, por exemplo, não dá para ter regras iguais.
3. Fique imparcial: os pais têm de se policiar para não rotular um filho. Dizer coisas como “pena que você não é igual ao seu irmão” faz com que a criança cresça insegura.
4. Tenha coerência: se hoje a criança não pode dormir tarde para ver TV, amanhã ela também não poderá. “Não adianta colocar as regras um dia e, no outro, mudá-las”, ensina Tânia.
5. Imponha limites: os pais não têm de receber a aprovação dos filhos – aliás, nem devem esperar por isso. Não podem se preocupar se estão sendo bonzinhos para a criança ou o adolescente e, sim, orientar. A falta de limite pode ser sentida como abandono. É necessário impor limites, ter uma rotina bem estabelecida, acompanhar o filho no desenvolvimento escolar, saber dizer “não” quando preciso – e manter o “não”.
Saiba agir em cada situação
· “Chego em casa cansada e meu filho ainda quer brincar comigo”
O que fazer? Seja honesta, quando chega em casa, a mãe que trabalha fora pode até brincar, mas está louca para “encerrar o dia”. “Por que não ficar conversando com a criança enquanto ela brinca e você lava a louça? Isso mostra que a companhia dela é desejada”, sugere Tânia Zagury no livro Educar sem Culpa (ed. Record).
· “Minha filha quer falar de sexo”
O que fazer? Converse sem medo! Se o assunto a deixa com vergonha, não force a barra: compre um livro sobre o tema e dê a ela.
· “Meu filho bate num amiguinho”
O que fazer? Dê o exemplo. A violência sempre deve ser combatida, não importa de onde venha. Converse com seu filho, mas também pense bem nos exemplos que ele tem em casa. Não adianta dizer que é feio bater e dar palmadas nele quando faz algo errado.
· “Quero dar ao meu filho tudo o que não tive”
O que fazer? Essa vontade costuma se resumir ao campo financeiro. “Aprender a dividir e suportar uma pequena frustração fazem parte do aprendizado da vida”, diz a especialista.
· “Às vezes, tenho ganas de dar uma chinelada no moleque!”
O que fazer? A palmada não resolve, e ainda aumenta o problema: se o tapinha não funcionar, pode virar uma surra. Depois, os pais se sentem culpados e tentam se redimir deixando o filho fazer exatamente aquilo que proibiram com violência.
· “Vi meu filho furando a fila da cantina”
O que fazer? Observe detalhes. Muitos pais permitem faltas “menos graves”, como furar
a fila, interromper a fala de alguém ou não ceder lugar a um idoso. É a partir dessas pequenas coisas que se ensina o respeito ao outro!
Como agir quando ele diz “Te odeio, mãe!”
Fique calma. Essa é uma forma de colocar para fora a insatisfação por algo que você fez (ou não o deixou fazer). Lembre-se de que ele não odeia você, na verdade, odeia é ser contrariado. “Os pais têm de saber que os filhos vão criticá-los sempre, até se tornarem pai”, ensina Tania. No futuro, ele vai reconhecer que ter hora para dormir e comer alimentos saudáveis não é chatice, é amor. “É vital orientar e impor limites a uma criança que está fazendo algo errado. Isso é amor!”, finaliza Tania.