5 questões que devem ser respondidas para ajudar seu filho a entender a história da família
Você já contou alguma curiosidade sobre seu passado para seu filho? Que tal chamá-lo para um conversa e retomar aquelas histórias que você adorava ouvir sua avó contar?
Muitas vezes, durante a correria do dia a dia, não nos damos conta de responder todas as perguntas dos nossos filhos, não é mesmo? Sem perceber, os pais acabam dando apenas respostas pontuais e objetivas e não desenvolvem o papo. Prestar atenção e responder as dúvidas dos pequenos é muito importante. Quando o assunto for curiosidades sobre as pessoas da família, por exemplo, aproveite para retomar aquelas histórias que você adorava ouvir a sua avó contar. Fabiana de Almeida Melo, professora especializada em educação infantil, explica que toda criança tem o direito de saber sobre suas origens. Isso é fundamental para a construção da identidade do pequeno.
Abaixo, listamos cinco questões que você deve responder ao seu filho. Não perca tempo!
1. “Mãe, onde você morava?”
Conte sobre a sua infância. Onde nasceu, onde cresceu e qual a rua em que você morava. Se possível, passe em frente à sua antiga casa ou escola. E a partir daí descreva como era a sua rotina quando tinha a mesma idade que eles. Preencha a imaginação dos pequenos com situações engraçadas e boas lembranças que você guarda. Se teve um bichinho de estimação, por exemplo, conte quais eram os cuidados e responsabilidades. Caso esse animalzinho já tenha ido embora, aproveite para falar sobre como você lidou com a perda e a saudade do pet.
2. “Pai, você gostava de jogar futebol com os amigos?”
Se você fazia alguma atividade, conte a eles. Quais eram os esportes que gostava de praticar ou as suas brincadeiras preferidas. Fale sobre os amigos que tinham e como vocês costumavam a se encontrar. É interessante para as crianças compararem o que você fazia para se divertir com o que eles fazem hoje. Quem sabe durante a conversa você possa fazer com que eles se interessem por algum jogo de tabuleiro? É uma ótima tática para aproximar a família e deixar o vídeo game um pouco de lado! De acordo com a educadora Fabiana, as crianças muitas vezes não se dão conta de que um adulto também já passou pela infância. “É comum eles observarem os pais chegando do trabalho cansados e algumas vezes estressados com a rotina. Quando você explica que já passou pelas mesmas alegrias e dificuldades que eles, seus filhos se sentem mais próximos de você”.
3. “Qual a era a profissão do vovô?”
Caso eles não conheçam os avós, conte um pouco sobre eles. Aproveite para mostrar fotografias de quando você era criança. Fale sobre seus irmãos, tias e pessoas mais próximas que fizeram parte da sua vida. É importante construir esse imaginário na cabeça deles para que uma identidade seja criada. Você conheceu seus avós? Conte a eles como era a relação de vocês. Além disso, não deixe de dizer o que sabe sobre as origens da família: se os seus antepassados vieram de outro país ou como seus pais se conheceram. Quando puder, organize um almoço em família para que todos possam compartilhar histórias e até mesmo uma receita que passou por gerações!
4. “Mãe, como você conheceu o papai?”
Você algum dia já falou para os seus filhos como conheceu o pai deles? Conte sobre como vocês se encontraram e como se apaixonaram! Eles se sentirão muito mais amados e confiantes a partir dessas histórias.
5. “Filho, o que você quer ser quando crescer?”
Depois de muitas histórias, deixe que eles concluam as próprias impressões. Faça com que as crianças apontem quais as diferenças entre a infância de vocês. Aproveite para perguntar o que eles sentiram que realmente mudou e o porquê. Ou então, o que eles querem ser quando crescerem, como gostariam que fosse a vida deles. Trocar esse tipo de experiências com os seus filhos é muito enriquecedor e prazeroso, pois assim você também pode aprender muito com eles. Fabiana explica que, até os 7 anos de idade, a família é a principal base para a construção do caráter infantil. Portanto, aproveite essa fase para se aproximar e fortalecer vínculos.