5 atitudes de hoje que vão fazer do seu filho um adulto independente amanhã
Atitudes simples na criação dos filhos podem fazer diferença no futuro deles. Na medida do possível, deixe que a criança seja mais independente e tenha uma vida mais saudável e feliz - assim como foi a sua infância
Ir para escola caminhando, ajudar a mãe nas tarefas domésticas e brincar na rua. Provavelmente algumas dessas cenas fizeram você se lembrar da sua infância. Agora pare e pense… Seu filho tem uma infância tão independente e cheia de responsabilidades como a sua foi? Provavelmente não! A vida de hoje realmente conspira a favor da comodidade e da superproteção. O trânsito limita os deslocamentos, a violência urbana impede que as crianças brinquem na rua e a rotina conturbada dos pais faz com que elas passem mais tempo nas escolas e em cursos extracurriculares do que brincando e se divertindo.
De acordo com a Maria Elisa Sperling, diretora pedagógica do Colégio Santa Amália, de São Paulo, quando você pergunta aos pais por que eles são mais protetores do que seus pais eram no passado, eles respondem que é por que o mundo está muito mais perigoso. Realmente isto é verdade. “A violência é maior, o perigo é maior. No entanto, a superproteção limita o desenvolvimento da criança e causa insegurança. O medo dos pais é absorvido pelos filhos que passam a achar tudo estranho e perigoso”, explica.
Sabemos que toda mãe é meio leoa e quer proteger a cria, mas o exagero pode deixar os filhos dependentes e inseguros. Devemos criar a criança para que ela seja independente, permitindo que tenha seus próprios ideais e realizações. Como fazer isso? Ensinando ela a fazer algumas atividades sozinha, a ter autonomia e dando opções de escolhas. “A criança precisa aprender a resolver os pequenos problemas com quais se depara e não esperar que resolvam por ela. Os pais devem ajudá-la e encorajá-la, mas não impedi-la de vivenciar experiências importantes para o seu desenvolvimento e conquista de autonomia”, conclui Maria Elisa.
Listamos abaixo as atitudes simples no dia a dia que vão ajudar seu filho a se tornar uma pessoa mais segura:
1. Sair sozinho
Para saber se está na hora de deixar seu filho sair sozinho, considere alguns fatores, como a maturidade dele, o tamanho da cidade e a distância a ser percorrida. Se vocês vivem em uma cidade pequena, ir para a escola sem companhia deve ser algo comum entre crianças de 10 anos. O mesmo vale para começar a pegar ônibus. No início, os trajetos devem ser curtos e conhecidos.
Por que isso é importante? Para se tornar um adulto seguro, a criança precisa confiar em si mesma. Uma das maneiras de ajudar nisso é dar autonomia a ela aos poucos.
2. Brincar na rua com diferentes amigos
Virou bordão dizer que a diversão está sendo substituída pelos videogames. A afirmação infelizmente é fato e se transformou em problema mundial. Porém, não podemos nos esquecer de que os exercícios físicos são ingrediente essenciais para a vida, a saúde e a sociabilidade tanto dos pequenos quanto dos mais crescidos.
Por que isso é importante? É por meio de atividades lúdicas que a criança desenvolve sua personalidade e define seu papel na sociedade.
3. Ajudar nas tarefas de casa
Deixe a criança assumir algumas responsabilidades, de acordo com a idade dela. Aos 5 anos, por exemplo, ela já pode ajudar a colocar a mesa; e aos 9 já dá pra lavar louça.
Por que isso é importante? A organização e a disciplina são necessárias para a pessoa se situar no tempo e no espaço, ter uma vida saudável e seguir as convenções e as normas sociais.
4. Aprender a lidar com dinheiro
Ensine para que serve o dinheiro a partir dos 3 anos. O ideal é dar mesada a partir dos 6, de valor baixo, para a criança poupar uma parte e comprar as próprias coisinhas. Adolescentes devem aprender a gerenciar a mesada. Se acabar antes do fim do mês, não dê nenhum extra. Sempre que possível leve a criança à feira, mercado, padaria… Fale sobre dinheiro perto dela e mostre a importância de pesquisar preços.
Por que isso é importante? As lições passadas agora, mesmo aos filhos menores, sobre como eles devem administrar seus ganhos vão ficar na memória e serão usadas no futuro.
5. Deixar o filho errrar, acertar e errar mais uma vez
Observe seu filho, tente ouvi-lo sem ter sempre a certeza de que só você sabe o que é bom para ele. Deixe ele errar e acertar quantas vezes for preciso.
Por que isso é importante? Sabe aquele ditado “é errando que se aprende”? Faz muito sentido. Errar na escola ou com os pais, por exemplo, tomando consciência do engano, deve fazer parte do crescimento pessoal, da evolução e do sucesso de cada indivíduo.