11 Lições de Bel Pesce para começar seu próprio negócio
A autora do sucesso "A Menina do Vale" lançou agora a continuação e, com base nas dicas do livro, contou a CLAUDIA o que é preciso para empreender com sucesso. Bel é também a primeira brasileira a ganhar o Cartier Womens Initiative Awards!
“Todos tiveram dificuldades, ninguém já começa vencendo”
Foto: Getty Images
Você tem medo de sair do Brasil para estudar o que mais tem interesse? Ou não sabe se vale a pena investir em algo incerto? A autora do livro “A Menina do Vale 2”, Bel Pesce, tem 26 anos e já foi eleita um dos “30 jovens mais promissores do Brasil”, pela Revista Forbes. Aos 17, ela conseguiu bolsa para estudar no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), nos Estados Unidos, onde completou os cursos de Engenharia Elétrica, Ciências da Computação, Administração, Economia e Matemática. Além disso, trabalhou em empresas como Microsoft e Google, foi uma das finalistas do Prêmio CLAUDIA de 2013, e, agora, é a primeira brasileira a ganhar um Cartier Womens Initiative Awards, ação que contempla mulheres empreendedoras de todo o mundo que comandam negócios com potencial de crescimento. Bel é a fundadora da FazINOVA, escola de empreendedorismo que oferece conteúdo para que você descubra e desenvolva seus talentos. Seu primeiro livro passou a marca de 1 milhão de downloads em menos de 3 meses após seu lançamento. Aqui, ela deixa as dicas necessárias para quem está pensando em se arriscar no empreendedorismo!
1. Ter paciência é muito importante
Bel conta que, quando se tem paciência, é possível mudar o mundo, um dia de cada vez. Para conseguir isso, ela recomenda otimizar a utilização do tempo. “Se você entender como a sua habilidade pode ajudar os outros e todo dia fizer um pouco, no fim, isso vira algo grande e realmente tem impacto. O autoconhecimento é fundamental para conseguir perceber o que é relevante para você,” diz a especialista.
2. Todo tempo é tempo de melhorar seus projetos
“A criação do seu empreendimento muda o valor que você dá para o tempo, porque faz você pensar mais para fora do que para dentro”, garante Bel. Então, lembre-se que todo o tempo é tempo de melhorar o processo na empresa e seus projetos.
3. Pense a longo prazo
Vivemos no Brasil, um país que pensa muito a curto prazo, o que influencia na hora de fazer planos de carreira. “Não culpo as pessoas por isso, pois temos estruturas que fazem com que tenhamos um pouco de receio de pensar a longo prazo, todos querem se garantir. Mas vi exemplos de pessoas que, pensando assim, perdem oportunidades”, afirma a empreendedora. Portanto não perca uma oportunidade grande por só pensar no amanhã!
4. Não crie expectativas sobre os outros
Uma coisa é certa, você vai encontrar pessoas que não querem mudar. Por isso, não coloque em você o compromisso de mudar o outro. Para Bel, “você tem que aprender o que quer e o que não quer, se a pessoa não vai mudar e está no seu caminho, tire-a da sua vida e siga adiante”.
5. Não se apegue tanto ao que você acha que é o correto
A competitividade faz com que as pessoas se prendam ao seu ponto de vista e não abram a cabeça para outras visões. Infelizmente crescemos com o conceito de ganhar ou perder, mas, de acordo com a especialista, no mundo real tem espaço para todo mundo ganhar. “Não é porque o outro não concorda com o seu ponto de vista que você sai perdendo, às vezes outros pontos de vista te agregam. Não se apegue tanto ao que você acha que é o correto, o máximo que pode acontecer é você discordar da pessoa”, garante ela. A dica é: aceite que você não tem todas as respostas e não está perdendo ao deixar o outro falar.
6. Quando você tiver bem claro seu propósito, vá atrás de pessoas que estão nesse caminho
“Tem muita gente que só vai a eventos por ir, assim, perde o foco e passa o dia inteiro falando com alguém que não vai acrescentar em nada na sua carreira”, diz Bel. Às vezes pensamos no futuro, em onde queremos chegar, e não pensamos nos passos que temos de dar. É comum já conhecermos pessoas incríveis, mas por não termos definido nosso propósito, nosso sonho, deixamo-las de lado e vamos em busca de outras. “Se você perceber que o networking pode ser feito com propósito vê que tal pessoa tem a ver com o que você quer, ou tem uma história interessante, e é isso o que conta”, aconselha ela.
7. Errou? Continue
Os brasileiros aprenderam a pensar desvalorizando quem errou, mas, como alguém vai conseguir inovar se não tiver espaço para errar? Para a especialista, a culpa vem desde razões burocráticas a como a sociedade se enxerga, “aqui se você erra pode ser visto como perdedor”. “É preciso mudar essa visão por meio da educação, ensinando o que realmente é empreendedorismo, pois muitas pessoas vêem o empreendedorismo de forma mistificada, glamurizada, fazendo com que muitos entrem nessa ideia com as expectativas erradas”, acrescenta ela.
8. Ninugém começa vencendo
“Quando você entra para o mundo do empreendedorismo achando que vai ser dono do próprio nariz, ganhar muito dinheiro, está errado. Todos tiveram dificuldades, ninguém já começa vencendo”, ressalta Bel. Vale lembrar que muitas mulheres de histórias incríveis infelizemente não são conhecidas. “Lemos histórias de pessoas que ganham 100 milhões de reais da noite para o dia vendendo um aplicativo, mas não pensamos que para isso ela já passou anos trabalhando no tema. Um dos grandes problemas do empreendedorismo no Brasil é a falta de clareza sobre o assunto”, finaliza.
9. Não acredite em generalizações
A idade é o tipo de coisa que carrega junto com o número um monte de pressuposto, como você é muito nova, não é experiente, e, é muito velha, não dá para arriscar. Não acredite que todo pressuposto é verdade. Para Bel, se você pensa diferente, pode ser o 5%. “Nunca gostei de generalizações, uma mesma pesquisa não pode ser igual para todos”, afirma. É importante calcular seus passos, mas lembre-se que mesmo assim muitas vezes você pode se frustrar.
10. Não desmereça nada, todos os passos fazem parte da jornada
“Nunca tive muito medo, mas nunca imaginava que ia sair do Brasil. Minha decisao de estudar lá (nos EUA) não teve nada a ver com a ideia de que lá é melhor para estudar, mas tem a ver com eu sempre gostar muito de tecnologia”, conta a especialista, “sempre sonhei muito em aprender sobre isso, e quando surgiu a oportunidade de estudar lá, por que nao tentar?”. Bel não teve medo porque fazia parte de um sonho maior. É importante aprender que tudo faz parte da jornada. “Alguns erros que as pessoas cometem é não ver que isso faz parte da jornada. Veja a jornada como tão importante quanto as metas”, aconselha. Aprenda a dar um passo de cada vez, o que vale não é ser maior ou menor, mas dar um passo.
11. Crie relacionamentos onde todos saiam ganhando
Os bons empreendedores têm habilidades comportamentais muito fortes. Conseguem ter paciência com as pessoas e criar relacionamentos comportamentais onde todos saem ganhando. Para Bel, são essas as características que fortalecem o profissional responsável.
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