10 mandamentos para adotar uma criança
A decisão é complicada, mas é possível adotar uma criança e construir uma família muito feliz! Veja nossas dicas:
Contar a verdade sobre a adoção para seu filho sempre é o melhor caminho
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Pode ser por infertilidade, por vontade de ter mais filhos ou por querer fazer uma criança feliz. Não importa: a adoção é sempre um ato de amor. Devemos adotar uma criança para fazer o bem para alguém e a nós mesmos, diz Eliana Gavioli, autora do livro Quartinho Solitário (Ed. Viva). Ela é mãe de quatro filhos adotivos, com idades entre 18 e 22 anos. Veja abaixo algumas dicas que ajudarão quem escolhe uma criança para dar amor, carinho e uma chance na vida. Talvez você descubra que esse é o caminho para ser mãe.
Antes de tudo, confira os dez mandamentos para adotar uma criança
1. Ter certeza de que o seu marido quer muito também. A cumplicidade é fundamental.
2. Se for solteira, tenha consciência de tudo o que a espera como mãe solteira. Deve estar certa de ser capaz de amparar a criança.
3. A preparação psicológica é fundamental. Os pretendentes devem passar por um curso. Em Curitiba (PR), por exemplo, há o Grupo de Apoio Adoção Consciente (GAACO). Junto com a Vara da Infância e Juventude, fazemos a preparação, diz Hália, presidente do GAACO e mãe de duas filhas adotivas.
4. Buscar os meios legais para conduzir o processo.
5. Evitar contato com os pais biológicos.
6. Falar do assunto abertamente. Não pode ser tabu.
7. Jamais tentar justificar a atitude da criança por ela ser adotiva.
8. Nunca fazer referências aos pais biológicos diante de um traço negativo da personalidade da criança.
9. Não idealizar demais o filho. Na adoção, principalmente quando a criança é maior, criam-se expectativas demais. Provavelmente, não serão satisfeitas, e isso gera frustração.
10. Saber que a criança traz uma história curta ou longa de abandono. Respeite essa história e diga sempre que ela foi desejada e esperada por você e por sua família.
E se o filho adotivo quiser conhecer os pais biológicos?
Isso é comum. Não é insatisfação com a família adotiva. A pessoa tem necessidade de saber suas raízes para se fortalecer como adulta. Quase sempre acontece a decepção com esses pais consanguíneos. Por isso, é bom conversar e analisar se é o melhor para ele, afirma Hália.
É preciso falar a verdade
A criança tem o direito de saber sua história, que deve ser tratada de forma natural. Precisa ser um assunto aberto, livre de cochichos e ares de compaixão. Vale contar historinhas de personagens e animais que foram adotados e ver filmes sobre o tema.
Será que ele pode ter a má índole de sua família?
A personalidade é formada pelo tipo psicológico, herdado dos pais, e pelo caráter, que é o sistema de valores construído através da influência dos pais, professores, vizinhos, amigos, programas de TV, livros etc. É o caráter que vai fazer com que a criança consiga aproveitar bem suas qualidades e habilidades naturais
e diminuir suas fraquezas, explica Eliana.