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Vacina capaz de curar câncer terminal está em fase de testes em Londres

Estima-se que 30 pacientes já estejam esperando para fazer parte deste estudo que acontecerá nos próximos dois anos

Por Débora Stevaux (colaboradora)
Atualizado em 28 out 2016, 14h38 - Publicado em 3 mar 2016, 15h08
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Uma notícia que tem animado a comunidade médica internacional é o desenvolvimento de uma nova vacina com o objetivo de destruir tumores, em casos de falha de todos os outros tratamentos contra o câncer. O medicamento já foi testado em dois pacientes do Guy’s Hospital, em Londres. E estima-se que 30 pacientes já estejam esperando para fazer parte deste estudo que acontecerá nos próximos dois anos. 

O tratamento funciona de forma parecida aos outros utilizados na proteção de algumas infecções: agindo no sistema imunológico para atacar e destruir células cancerígenas. Geralmente, os componentes no nosso sistema de defesa – dentre eles os linfócitos T e os glóbulos brancos – são capazes de nos proteger contra o câncer, matando as células cancerígenas; mas alguns tumores ainda são capazes de escaparem ilesos à essa nossa defesa natural. 

Quando isso acontece, o câncer se desenvolve e atinge um estágio avançado, suprimindo o nosso organismo de desempenhar sua função. As causas para que isso aconteça podem variar desde a habilidade das células cancerígenas de danificar as nossas células de defesa, até uma redução da produção de glóbulos brancos a medida que o câncer se espalha em direção a medula óssea. 

As vacinas contêm antígenos que são injetados nos pacientes, que nada mais são que uma série de substâncias capazes provocar uma resposta imune e estimular o corpo a produzir anticorpos especializados em destruir esse corpo estranho. A habilidade em gerar esses anticorpos possui um tempo de resposta, isto é, o sistema imunológico pode prevenir casos futuros da mesma doença. 

A novidade é composta de pequenos fragmentos enzimáticos encontrados nas células cancerígenas. A telomerase humana transcritiva revers (hTERT) regula o comprimento das cápsulas protetoras nos cromossomos chamados telômeros, permitido que as células se dividam continuamente. A esperança dos pesquisadores está na possibilidade de estimular o sistema de defesa dos pacientes a produzir anticorpos capazes de criar uma memória imunológica dessa enzima, o que deixará as coisas mais fáceis na hora de destruir as células cancerígenas. 

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Para dar um pontapé inicial no processo, a vacina foi aplicada em combinação com doses pequenas de quimioterapia, a fim de matar algumas células do tumor e desinibir o sistema imunológico. Os pesquisadores também acreditam que ela poderá ser eficiente para todos os tipos sólidos de tumores, e estão testando a segurança e a eficácia da substância em pacientes diagnosticados com câncer terminal. 

Kelly Potter, de 35 anos, é uma dessas pessoas, e foi diagnosticada com um câncer em estágio avançado no ano passado. Ela declarou estar animada com a pesquisa e assegurou que isso mudou a sua vida, além de acrescentar que “é fantástico fazer parte de algo que pode ser tão inovador.”

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