Tire suas dúvidas sobre endometriose
Saiba como identificar a endometriose e conheça os tratamentos
Fique atenta: o diagnóstico precoce da endometriose, porém, evita muitas complicações!
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Você costuma ter cólicas menstruais fortes? A medicação faz pouco efeito e a cada mês o quadro parece piorar? Procure um médico. Você pode sofrer de endometriose, doença que acomete um tecido da parte interna do útero.
O problema atinge de 10 a 14% das mulheres em fase reprodutiva (entre 19 e 44 anos) e pode levar à infertilidade. O diagnóstico precoce, porém, evita muitas complicações. A seguir, entenda a doença e conheça os tratamentos.
Entenda o problema
A doença está relacionada ao endométrio, tecido que reveste a parte interna do útero e tem como função preparar o órgão para receber o embrião quando a mulher engravida. Quando o óvulo não é fecundado, ele descama e é eliminado pela menstruação. “Na endometriose, porém, em vez de ser totalmente descartado, o tecido vai para outras partes do corpo, como trompas, ovários, intestino delgado, bexiga, peritônio (membrana que reveste o útero), parede da pélvis, tecido entre a vagina e o reto”, explica o ginecologista Edilson Ogeda. A cada menstruação, haverá sangramento nos lugares em que houver endométrio.
Quais são os sintomas?
· Dor pélvica (na parte inferior da barriga, um palmo abaixo do umbigo). A intensidade da dor pode aumentar próximo ao período menstrual.
· Cólicas menstruais muito fortes. A cada mês, a intensidade da dor aumenta.
· Dor durante a relação sexual, principalmente quando há penetração mais profunda.
· Sangramento e dor ao urinar.
· Desconforto ao evacuar.
· Infertilidade.
Diagnóstico
O médico fará um exame de toque no abdome para identificar áreas mais sensíveis à dor, ovários aumentados e mobilidade do útero. Poderá também solicitar outros exames, como ultrassom transvaginal, ressonância da região da pélvica, exame de sangue e colonoscopia.
Tratamentos
Para casos iniciais ou leves, com poucos focos da doença
· Ingestão de pílula anticoncepcional tomada sem pausa. “Como não é estimulado, com o tempo, o tecido endometrial vai atrofiando”, explica o ginecologista Eduardo Schor.
· Aplicação de DIU de progesterona, a fim de parar a menstruação. O dispositivo deve ser trocado a cada três anos.
· Ingestão de análogo GNRH, remédio mais forte do que a pílula, que também inibe a menstruação. A paciente toma a medicação por seis meses e, então, passa para a pílula anticoncepcional, tomada sem pausa.
Para casos ainda mais graves, com muitos focos da doença
· Laparoscopia, isto é, cirurgia que retira o tecido endometrial de partes indevidas.