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Quer largar a pílula anticoncepcional? Veja métodos sem hormônio

Saiba como funcionam esses anticoncepcionais e escolha a melhor opção para você em sua próxima consulta médica!

Por Priscila Doneda
Atualizado em 21 jan 2020, 12h01 - Publicado em 5 abr 2016, 08h52
Ile Machado (/)
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Um dos grandes dilemas das mulheres está vinculado ao ciclo reprodutivo e, claro, à menstruação. Escolher qual o melhor método contraceptivo não é uma tarefa fácil e requer bastante cuidado. Se você pretende abandonar os anticoncepcionais hormonais, confira, a seguir, algumas dicas de especialistas.

Deixar os métodos contraceptivos com hormônios é uma decisão que pode, sim, trazer benefícios à saúde da mulher. De acordo com o ginecologista, obstetra e mastologista Dr. Edison Pedrinha, as principais vantagens são a redução do risco de eventos cardiovasculares e a não interferência na libido. Na opinião da Dra. Juliana Amato, ginecologista e obstetra, a paciente ainda passa a ter menos reações inflamatórias no corpo, a perceber melhoria nas celulites, a reduzir a retenção de líquidos, a diminuir o risco de varizes e também o de trombose.

No entanto, a escolha também pode trazer malefícios e é importante estar ciente disso. “As desvantagens são o menor controle do ciclo menstrual e eventos desagradáveis que podem acompanhar a menstruação, como cólicas e sangramentos excessivos. Podemos citar, ainda, os efeitos dermatológicos de muitos anticoncepcionais hormonais que não teremos com métodos não hormonais”, ressalta o Dr. Edison.

De acordo com os especialistas, a eficácia desses contraceptivos é variável, pois depende do uso que a paciente faz. “Os métodos comportamentais e o diafragma, mesmo se usados corretamente, têm índice de eficácia menor que os outros. Já o preservativo tem eficácia semelhante aos métodos hormonais, se usado de forma correta”, pontua o Dr. Edison.

Outro ponto importante é a necessidade de combinação de métodos. “A camisinha sempre deve ser usada, independente do método anticoncepcional que foi escolhido, com ou sem hormônios. Todos esses métodos previnem a gravidez, mas não o contato com doenças sexualmente transmissíveis (DST), como HPV, HIV e sífilis”, alerta a Dra. Juliana.

Por causa desses pontos, o mais indicado é que a paciente procure um médico para que ele analise o quadro e também o histórico familiar. “Algumas mulheres realmente precisam suspender a menstruação, como quem tem endometriose ou miomas”, exemplifica a Dra. Juliana. “Pacientes que apresentam alguma patologia relacionada ao ciclo menstrual podem se beneficiar mais de métodos hormonais. É importante individualizar cada caso para definir os riscos e os benefícios de cada método”, completa o Dr. Edison. Então, não se esqueça de que a escolha do anticoncepcional ideal deve sempre ser feita em parceria com o seu ginecologista, hein?

Entre os contraceptivos sem hormônios, existem os métodos comportamentais e os de barreira. A Dra. Juliana Amato ressalta, ainda, que os primeiros não são tão seguros para mulheres que têm ciclos irregulares.

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Entre os métodos comportamentais, estão:

  • Tabelinha

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Consiste em evitar o coito no período fértil, levando em conta que o dia da ovulação acontece exatamente na metade do ciclo. A principal falha é errar o cálculo e acabar mantendo relações no período em que deveria haver abstinência. “É passível de falhas justamente por não podermos prever, com certeza, a data da ovulação”, opina o Dr. Edison.

  • Coito Interrompido

​É o ato de evitar a ejaculação dentro da vagina. O principal motivo de falha é que, antes da liberação do esperma, o homem pode liberar um líquido rico em espermatozóides, além da possibilidade de iniciar a ejaculação antes da interrupção.

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  • Método Sintotérmico

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Consiste em controlar diariamente a temperatura basal, que deve sofrer uma variação mínima – de cerca de meio grau Celsius – no dia da ovulação. “Além de outros fatores poderem aumentar a temperatura corporal, é muito difícil perceber essa alteração com precisão”, comenta a Dra. Juliana.

  • Método de Ovulação Billings (MOB)

É um método relativamente complexo na opinião do ginecologista, pois é baseado na análise do aspecto do muco do colo do útero para prever períodos de maior ou menor fertilidade. “O que pesa muito contra o método é o fato de necessitar de um período inicial de observação para identificar o padrão de variação do muco, sem contar a dificuldade em perceber, ao certo, se outros fatores estão influindo em seu aspecto, como a lubrificação da vagina ou eventuais corrimentos, por exemplo”, esclarece o Dr. Edison.

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Entre os métodos de barreira, estão:

  • Preservativo (masculino e feminino)

pederk/Thinkstock/Getty Images

Funciona envolvendo o pênis ou “forrando” a vagina em uma estrutura tubular flexível, geralmente de látex. Para quem tem alergia ao material, já existem no mercado preservativos feitos de outros componentes. “Independente se for o masculino ou o feminino, é preciso que seja colocado logo no início da relação sexual e não só no momento da ejaculação, justamente pelo líquido que sai antes do sêmen já conter espermatozóides”, cita a Dra. Juliana.

  • Diafragma

Stockbyte/Thinkstock/Getty Images

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É um dispositivo flexível, de látex, que é colocado dentro da vagina e fecha o canal do colo do útero, impedindo que o sêmen chegue até ele. “Precisa ser indicado pelo ginecologista, porque existem vários tipos e tamanhos e é preciso medir o ideal para cada mulher”, lembra a Dra. Juliana. Segundo o Dr. Edison, o diafragma não deve ser utilizado durante o período de sangramento menstrual e não é a melhor opção para mulheres virgens, portadoras de qualquer doença no colo do útero e nem para alérgicas ao látex.

“Ele deve ser inserido de forma correta no fundo da vagina 30 minutos antes do coito, de modo que não saia da posição, e pode ser mantido de oito a dez horas. As principais falhas são a inserção incorreta e a retirada do dispositivo antes do período recomendado”, menciona o ginecologista, obstetra e mastologista. De acordo com ele, o diafragma custa cerca de R$100 e pode ser reutilizado por até 3 anos.

  • Dispositivo intrauterino de cobre

flocu/Thinkstock/Getty Images

O dispositivo é feito de cobre, normalmente em forma de T, e é colocado no interior da cavidade uterina, onde age como método contraceptivo ao liberar cobre por sua estrutura e tornar o ambiente hostil aos espermatozóides. Depois de uma semana de sua colocação, é preciso fazer um ultrassom transvaginal, para verificar se ele está bem localizado – e é importante repetir o exame anualmente para se certificar de que ele continua no lugar certo.

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Segundo a Dra. Juliana, esse tipo de DIU é indicado para quem tem histórico de trombose ou que não lidam bem com pílulas e apresentam sintomas como náusea, vômito e/ou enxaqueca. No entanto, a ginecologista alerta que é possível que o fluxo e as cólicas menstruais aumentem em mulheres que já tendem a sofrer com isso. Ademais, “Não é indicado para pacientes com patologias uterinas (como miomas ou pólipos); para quem tem alguma DST, infecção pélvica ou volume uterino muito grande; para portadoras de distúrbios de coagulação ou sangramento uterino de causa desconhecida; e também para pacientes com múltiplos parceiros, devido ao risco de infecções pélvicas”, explica o Dr. Edison.

Segundo o médico, o dispositivo custa cerca de R$80,00, a inserção pode variar de R$500 a R$2000 e o DIU pode ser utilizado por até dez anos.

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