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Por que as mudanças bruscas de temperatura mexem tanto com a nossa saúde?

A temperatura anda oscilando muito e você tem ficado doente? Entenda os motivos e saiba se cuidar.

Por Nathalia Giannetti
Atualizado em 15 jan 2020, 07h35 - Publicado em 6 nov 2019, 09h20
Resfriado
 (GettyImages/PeopleImages/Reprodução)
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Você acorda com aquele sol de rachar, veste uma roupa bem fresca, sai pra trabalhar e pouco depois a temperatura cai bruscamente, fica frio, e você se arrepende de não ter carregado uma malha. Mas o pior não é errar na roupa… O que pesa mesmo é a reação do corpo a essas mudanças loucas de temperatura.

Se estava um calorão e de repente vem aquele frio, o corpo pode dar sinais de cansaço e apresentar sintomas de gripe, como nariz entupido, principalmente se você já tem algum problema respiratório. Isso sem falar nos males sofridos pela saúde da pele e cabelos.

Como as mudanças bruscas afetam seu sistema respiratório

Nossas vias respiratórias filtram o ar que chega nos pulmões e, para isso, elas permanecem adaptadas à temperatura ambiente. Se o tempo muda bruscamente, o corpo não consegue acompanhar essa velocidade para se readaptar à nova temperatura e as vias áreas são pegas desprevenidas, o que resulta em uma irritação.

O principal problema é a queda de umidade do ar, que resseca as mucosas das vias aéreas e compromete a proteção natural do nariz, normalmente feita pelo muco de revestimento da região para evitar o ataque de vírus e de bactérias. Isso cria o ambiente perfeito para o surgimento ou a intensificação de problemas como rinite alérgica, asma e infecções virais e bacterianas, já que o organismo está mais “aberto” às doenças.

O problema é ampliado quando há histórico de doenças no sistema respiratório. “Um paciente com asma ou rinite já apresenta uma inflamação das vias aéreas. Na rinite, uma inflamação das vias aéreas superiores e, na asma, uma inflamação das vias aéreas inferiores. Então ele irá apresentar uma piora dessa inflamação”, explica o Dr. Pedro Bianchi, presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia Regional São Paulo (ASBAI-SP). 

Sangramentos nasais, dor de cabeça, nariz entupido e garganta seca são sintomas clássicos de que algo precisa ser feito para melhorar sua respiração.

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Diminuir o risco de isso tudo acontecer e aliviar os sintomas é simples, mas requer paciência. Em primeiro lugar, deve-se manter o nariz sempre limpo – de preferência por meio de lavagens nasais com soro fisiológico.

Inalar o vapor dos chás de eucalipto, gengibre e limão também ajuda a descongestionar o nariz e a fortalecer as defesas do corpo para evitar novas doenças virais ou bacterianas.

E pode reparar que o problema acontece principalmente quando a temperatura despenca, uma vez que o ar frio é um maiores agentes irritantes das vias respiratórias.

E o que acontece com a imunidade?

A imunidade cai, deixando o corpo mais vulnerável aos ataques de microorganismos patológicos. É nesse momento de mais fragilidade que os vírus e as bactérias encontram espaço e podem causar inflamações e infecções nas mucosas. Aí, é comum que a irritação evolua para um quadro de infecção, com dor de garanta, febre e, em casos mais graves, até pneumonias.  

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Por que ficamos tão cansadas com as variações de temperatura?

Se temperatura subiu bruscamente, o cansaço está ligado à pressão arterial: os vasos sanguíneos sofrem uma dilatação e a pressão tende a cair, levando à sensação de fraqueza e sonolência.

Outro fator que pode provocar a sensação de fadiga e dor no corpo é a gripe ou resfriado decorrente de uma infecção. “A broncoconstrição, ou seja, o estreitamento da passagem de ar até os pulmões, características de infecções respiratórias, faz com que tenhamos pior oxigenação e assim precisemos de mais força para respirar“, aponta o médico pneumologista, Dr. Ricardo Albaneze. 

Como as mudanças afetam pele e cabelos

As dermatologistas Mariana Chambarelli (da clínica Dra. Denise Chambarelli, no RJ), Gabriela Capareli e Mariane Bueno explicam que variações de temperatura e umidade interferem principalmente na sensibilidade, na hidratação e na capacidade de renovação celular da pele e dos cabelos.

Quando as temperaturas sobem muito e rapidamente, a atividade das glândulas sebáceas se intensifica. Os poros ficam abertos, levando ao desenvolvimento de cravos e espinhas na pele e à oleosidade no couro cabeludo.

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E de repente vem o frio – e, com ele, banhos mais quentes. A pele perde a hidratação e fica com uma aparência cansada e ressecada. Os cabelos, por sua vez, ficam desidratados – e pode surgir uma dermatite seborreica no couro cabeludo por causa da água quente dos banhos e da umidade do ar reduzida.

Aliadas a fatores externos como radiação UV, poluição e clima, as mudanças de condições do ar e da temperatura podem provocar o envelhecimento precoce da pele e influenciar no surgimento de rugas, manchas e flacidez, além de desequilibrar o pH da pele, deixando-a mais sensível e com reações como a vermelhidão.

Para se proteger contra tudo isso é importante manter uma rotina de limpeza e hidratação diária da pele – foco na hidratação com os produtos adequados ao seu tipo de pele – e, claro, usar filtro solar todos os dias, mesmo nos nublados – os raios UVA e UVB passam pelas nuvens e prejudicam nossas peles independentemente da temperatura.

Já os cabelos ganham muito com o uso de leave in com filtro solar nos dias quentes, lavagens dos fios e do couro cabeludo com água morna – nos dias quentes e nos frios – e hidratação profunda semanal ou quinzenalmente.

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