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Óleo de coco na alimentação: mocinho ou vilão?

Conversamos com nutricionistas para entender quais são os reais impactos do ingrediente no organismo.

Por Nathalia Giannetti
Atualizado em 15 jan 2020, 07h51 - Publicado em 1 nov 2019, 09h40
Spa still life with coconut and massage oil (katerinasergeevna/Getty Images)
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Não é de hoje que o óleo de coco está presente nas dietas de quem procura um estilo de vida mais saudável. Mas isso não significa que ele seja o salvador da pátria… Muito pelo contrário: consumi-lo em excesso provavelmente fará mais mal à saúde do que bem – como tudo na vida!

Mas, afinal, quais são os benefícios do óleo de coco?

Esse tipo de óleo, extraído da polpa do coco, é antioxidante, ou seja, ele ajuda a impedir a formação de radicais livres, moléculas instáveis que contribuem para o surgimento de manchas, rugas e envelhecimento precoce da pele. Segundo um estudo realizado pela BBC, ele também promove a elevação do colesterol bom (HDL), contribuindo, dessa maneira, para a prevenção de doenças cardiovasculares.

Além disso, o ingrediente é rico em vitaminas dos complexos A, D, E e K, que auxiliam principalmente no fortalecimento do sistema imunológico e coagulação sanguínea. No caso da imunidade, o efeito é potencializado por mais uma característica do óleo de coco. “Ele é considerado bactericida, antiviral e antifúngico. Dessa forma, restabelece a energia roubada por esses agentes, o que melhora a absorção de nutrientes e todas as defesas do organismo. É também rico em ácido láurico, que ao ser convertido em monolaurina, tem ação de combater inúmeras infecções”, explica a nutricionista Samara Plentz. 

Outro benefício do óleo de coco é a sua atuação no processo digestivo, pois ele ajuda a equilibrar a flora intestinal, melhorando quadros de diarreia e constipação. 

Os diabéticos também podem se beneficiar da inclusão do ingrediente no cardápio. Conforme explica a também nutricionista Mônica Rossyna, isso acontece porque “ele ajuda a reduzir de forma significativa o nível de glicemia em jejum, melhora a tolerância à glicose e controla a compulsão por ingerir carboidratos, proporcionando sensação de saciedade”. 

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E se você já escutou que o óleo de coco ajuda nas dietas de emagrecimento, tenha calma e entenda melhor essa informação: de fato, ele pode acelerar o metabolismo, devido ao seu estímulo na glândula da tireóide, além de também aumentar os níveis de energia do organismo. Só que ele sozinho não é capaz de fazer ninguém perder peso. Como autoridades, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (SBEM e ABESO) afirmam que não há qualquer evidência científica em relação a esse efeito milagroso do produto

Quando o óleo de coco é o vilão?

Quando consumido em excesso. Isso porque, ele é rico em gorduras saturadas, então, em grandes quantidades, pode elevar o risco de doenças cardiovasculares. Essas gorduras em abundância podem elevar o colesterol ruim (LDL), que se deposita nas artérias e é responsável pelo entupimento.

A sobrecarga hepática é outro possível problema do exagero. “O óleo de coco é uma gordura e o excesso pode sobrecarregar o fígado, o órgão responsável pela metabolização de gorduras, resultando em dor de cabeça, enjoo, diarreia ou fezes amolecidas, dor e distensão abdominal, perda de apetite”, lista Samara Plentz. 

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É bom também ficar atenta para saber você não possui alguma restrição médica que iniba o consumo. Pessoas que sofrem de colesterol alto, síndrome do metabolismo ou fazem uso de anticoagulantes devem evitar o produto, já que ele tem atuação nessas mesma funções organismo. 

Nem herói, nem vilão: como consumi-lo direito

Como incluí-lo na alimentação para aproveitar todos os seus benefícios? Para a especialista em nutrição Mônica Rossyna, a melhor maneira de fazer isso é substituir os ingredientes: “basta usar no lugar da gordura usual para cozinhar alimentos de diversas formas, como no refogado, no arroz, para frituras, grelhar e até em preparo de bolos e tortas”.  

O óleo coco pode ser uma boa alternativa pois, diferentemente do que acontece com o óleo de soja, por exemplo, ele não forma radicais livres e compostos nocivos ao ser aquecido

Ambas as nutricionistas recomendam consumir entre 1 e 2 colheres de sopa por dia, seja dividindo a quantidade ao longo do dia ou em apenas um prato. Dê preferência também ao extravirgem, prensado a frio e com selo de autenticidade, que não é exposto a solventes químicos e altas temperaturas em sua extração, tendo suas propriedades mais bem preservadas.

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