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Miomas: embolização evita cirurgias e, em casos extremos, a perda do útero

Técnica minimamente invasiva é uma alternativa às abordagens agressivas no tratamento da doença.

Por Raquel Drehmer
Atualizado em 15 jan 2020, 13h01 - Publicado em 17 jul 2019, 23h44

Os miomas uterinos são um problema muito mais comum do que se imagina: cerca de 75% das mulheres em idade fértil desenvolverão esses tumores benignos ao longo de sua vida. A questão é que eles são silenciosos, e apenas algo entre 10% e 20% delas sentirão os sintomas –  sangramento vaginal intenso durante ou fora do período menstrual, dor durante as relações sexuais, pressão pélvica e aumento das idas ao banheiro para fazer xixi.

Entre as que não experimentam nenhum desses sinais, o diagnóstico costuma vir por acaso (em exames de imagem pedidos por outros motivos) ou se elas tiverem dificuldade para engravidar e resolverem investigar a infertilidade mais a fundo. E daí podem surgir complicações.

Algumas não têm acesso a tratamentos adequados, nada fazem, convivem com os sintomas e a doença cada vez piores e podem até perder o útero. Outras partem direto para uma cirurgia desnecessária e super invasiva para a retirada dos miomas, quando poderiam ter passado por um tratamento medicamentoso. Há, ainda, as que optem pela ou sejam convencidas a fazer uma histerectomia, a retirada total do útero. Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 300 mil mulheres perdem o útero por ano em decorrência da doença.

E tudo isso poderia ser evitado com uma saída muito mais simples e não invasiva: a embolização dos miomas.

O que é e como é feita a embolização dos miomas uterinos?

A embolização é uma terapia minimamente invasiva, guiada por imagem, que evita a retirada do útero e tem um período de recuperação muito mais curto que o de cirurgias convencionais. Ela é realizada com anestesia peridural ou raquidiana, dispensa cortes e requer internação hospitalar de apenas um dia. Em uma semana a vida da paciente já pode voltar ao normal.

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O procedimento é simples: as artérias que levam sangue aos miomas, estimulando-os a causar os sintomas de que falamos ali em cima, são obstruídas por meio de injeções de micropartículas de resina acrílica ou de polivinilálcool. Apesar dos nomes complicados, não há nenhum motivo para se preocupar: as substâncias são inofensivas para o organismo.

E o melhor: seu efeito é permanente. Os sintomas somem, o útero fica preservado, gestações podem ocorrer sem problemas no futuro e não é preciso fazer reaplicações das substâncias depois.

E os miomas têm cura?

Cura, efetivamente, não. Mas, como são relacionados ao estímulo dos hormônios femininos estrogênio e progesterona, a tendência é que na menopausa, com a produção hormonal reduzida a níveis muito baixinhos, os miomas fiquem menores e os sintomas desapareçam.

Fontes consultadas: André Moreira de Assis (radiologista intervencionista e angiorradiologista do CRIEP – Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino e Pesquisa) e Alexandre Silva e Silva (ginecologista e especialista em oncologia ginecológica).

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